Piastri vê Red Bull em ‘zona perigosa’ ao ir ‘além dos limites’ do regulamento da F1

Australiano reconheceu que todas as equipes da F1 buscam trabalhar dentro dos limites do regulamento

imagem cameraPiastri venceu dois grandes prêmios em 2024 (Foto: Natalia KOLESNIKOVA / AFP)
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Grande Premio
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 18/10/2024
13:57
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Depois de Lando Norris dizer o que pensa sobre o dispositivo ilegal utilizado pela Red Bull e minimizar os possíveis efeitos do mesmo no desempenho do RB20, agora foi a vez de Oscar Piastri falar sobre o assunto. Diferentemente do companheiro de McLaren, o australiano adotou um tom mais sério ao abordar o tema e afirmou que o time de Max Verstappen foi “além do limite estabelecido” pelo regulamento da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

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Logo no início desta quinta-feira (17), a revista inglesa Autosport trouxe a informação de que uma equipe específica encontrou um meio de ajustar o ângulo da chamada ‘front bib‘ ou ‘T-Tray‘ — ‘bandeja T’, em tradução livre, um suporte vertical localizado na parte frontal do carro, perto da suspensão dianteira, que cria um vão entre o final do bico e o início do assoalho. O resultado disso é uma melhora significativa dos requisitos relacionados à altura do carro em volta rápida (com o tanque vazio) e na corrida (mais pesado por conta do combustível).

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Algumas horas depois, Erik van Haren, jornalista do De Telegraaf, trouxe a informação de que “vários times” entraram em contato com a FIA acusando a Red Bull de ser a responsável por tal manobra, e que as suspeitas surgiram durante o fim de semana do GP de Singapura. O time de Milton Keynes, por meio de um representante, admitiu a existência do dispositivo no RB20, mas garantiu que o mesmo se torna “inacessível” assim que o carro é montado para ir à pista.

Durante a coletiva de imprensa do GP dos Estados Unidos, 19ª etapa da temporada 2024 da Fórmula 1, Piastri foi confrontado sobre o ocorrido e, pelo menos inicialmente, tentou desconversar e sair pela tangente. No fim, o #81 do time de Woking deixou claro que todas as equipes estão constantemente buscando ir até onde podem, mas criticou a Red Bull por extrapolar muito além do que é permitido.

“Não quero realmente me envolver, sabe? Realmente, e com sinceridade, não sei muito sobre isso. Acho que, para nós, claro, estamos buscando os limites dos regulamentos técnicos. Todo mundo está — é isso que faz a Fórmula 1 ser a Fórmula 1”, começou. “Mas, pelo que ouvi e me disseram, algo assim não está buscando os limites. Está claramente indo além”, declarou.

- Não ouvi em qual carro (o dispositivo) está, ou se está em algum carro. Obviamente, há relatos sobre isso, mas, se for algo que foi usado, está fora da área cinzenta e dentro de uma zona mais perigosa”, continuou Piastri.

O australiano ainda comparou a situação atual com a polêmica do ‘mini-DRS’ da McLaren, que surgiu logo após o fim de semana do GP do Azerbaijão. Por causa das muitas reclamações das adversárias, a FIA pediu para que a escuderia de Andrea Stella modificasse a asa traseira para a etapa em Singapura. Na época, os pilotos do time papaia defenderam a legalidade do componente.

Oscar Piastri venceu o Grande Prêmio do Azerbaijão (Foto: Andrej ISAKOVIC / AFP)

“Se houver uma grande diferença no desempenho, então, claramente, surgirão alguns questionamentos. Se não houver… não sabemos. Assim como nosso ‘mini-DRS’, por assim dizer, era legal, mas não era, e embora tivemos de fazer algumas mudanças, não foi nada revolucionário para o carro. Então veremos se causa algum impacto”, finalizou Piastri.

Fórmula 1 enfim volta no fim de semana, entre os dias 18 e 20 de outubro, para o GP dos Estados Unidos, em Austin.

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