Por igualdade de gêneros, americana busca marca inédita no basquete
Pré-convocada para a Olimpíada do Rio de Janeiro, ala-pivô Breanna Stewart pode se tornar a primeira tetracampeã da elite da NCAA, o campeonato universitário dos Estados Unidos
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Um feito jamais alcançado na modalidade pode ajudar a fazer com que as mulheres passem a receber a mesma atenção dada aos homens no basquete. Essa é a meta de Breanna Stewart, estrela de Connecticut que enfrenta nesta segunda-feira, às 20h (de Brasília), a Universidade do Texas, pelas quartas de final da NCAA, para manter viva a chance de ser a primeira tetracampeã da história da elite do campeonato universitário americano.
Com médias de 19,3 pontos e 8,6 rebotes em 28,4 minutos por exibição, a ala-pivô de 21 anos e 1,93m de altura está a apenas três vitórias de atingir uma marca também inédita entre os homens. Kareem Abdul-Jabbar, maior cestinha da história da NBA, é um dos quatro tricampeões universitários. Os outros recordistas são Curtis Rowe, Henry Bibby e Lynn Shackelford.
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Assim, Stewart, que afirma que os homens recebem mais atenção do que as mulheres em sua modalidade, pode se tornar um marco.
– Acho, sim, que eles recebem mais atenção. E mais um título nacional pode ajudar a mudar isso - opinou a jogadora, ao LANCE!, por telefone, durante o primeiro período de treinos da seleção americana rumo à Olimpíada deste ano, que aconteceu entre 21 e 23 de fevereiro justamente na Universidade de Connecticut, sua “casa”.
Apesar de ainda não jogar na liga profissional dos Estados Unidos, Stewart já tem sucesso com a camisa da seleção americana. Em 2014, fez parte do elenco campeão mundial na Turquia, apresentando médias de 1,8 pontos e 1,8 rebotes em 6,1 rebotes por exibição. No ano seguinte, foi prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, anotando 26 pontos e 13 rebotes na vitória por 75 a 69 sobre o Brasil.
Que as donas da casa estejam preparadas para ela no Rio.
VEJA UM BATE-BOLA EXCLUSIVO COM BREANNA STEWART:
Você já tem um título mundial e uma medalha de prata do Pan com a seleção. Como essas experiências a ajudam a buscar seu recorde?
Minhas passagens pela seleção me ajudaram muito. Me ajudaram a me tornar uma jogadora melhor.
"Já joguei contra ela algumas vezes. A gente se enfrenta desde a base, e ela sempre se destacou. Acho que ela é uma jogadora bem
completa. Não é só alta,
tem uma envergadura muito grande também. Ela é bem fundamentada flexível: sabe jogar dentro do garrafão, arremessa
bem, é móvel e muito leve. Então, ela tem todo esse diferencial de dominar fundamentos, o que faz com que ela tenha facilidade dos
dois lados da quadra" - Isabela Ramona, ala do Sampaio Corrêa
No Pan, você fez um grande jogo contra o Brasil. Se lembra?
Sim, eu me lembro daquele dia. Foi um bom jogo. Fiquei feliz por ter tido uma boa apresentação. Sempre aumenta sua confiança jogar bem contra competição de qualidade.
Você está entre as pré-convocadas para a Olimpíada do Rio. Já esteve no Brasil? O que vem à sua cabeça quando você pensa no país?
Nunca estive no Brasil. O mais perto que estive foi no Chile. Quando penso no Brasil, penso em um país lindo.
O zika vírus tem aparecido na pauta de atletas. Vocês falaram sobre isso nos treinos da seleção?
Sim, nós falamos sobre isso. Mas sentimos que estamos preparadas para lidar com isso. Então, não será um problema para nós.
Se você pudesse escolher o título olímpico ou o tetracampeonato universitário, o que escolheria?
Quero conseguir os dois. Não consigo escolher somente um dos dois.
Se o Seattle Storm, dono da primeira escolha do Draft deste ano, te selecionar, você vai jogar com Sue Bird, sua colega de seleção, que também brilhou por Connecticut. Você pensa sobre isso?
Penso sim. Ela é uma das melhores da história. Se as coisas funcionarem, vou poder jogar com ela. Mas eu tento pensar em um dia de cada vez.
OS FEITOS DE BREANNA STEWART
NCAA 1
Stewart conquistou seu primeiro título universitário em 2013, com médias de 13,8 pontos e 6,4 rebotes em 23,7 minutos por exibição jogando como novata em Connecticut.
NCAA 2
Stewart sagrou-se bicampeã universitária em 2014, sustentando médias de 19,4 pontos e 8,1 rebotes em 30,5 minutos por exibição, novamente por Connecticut.
NCAA 3
As médias caíram um pouco: foram 17,6 pontos e 7,8 rebotes em 28,3 minutos por exibição na temporada passada. Mas nada que impedisse o tricampeonato da jogadora.
Mundial
Eu seu primeiro grande torneio com a seleção americana, Stewart foi campeã mundial em 2014 com médias de 1,8 pontos e 1,8 rebotes em 6,1 minutos por jogo na Turquia.
NCAA 4
Nesta temporada, Stewart tem médias de 19,3 pontos e 8,6 rebotes em 28,4 minutos por exibição. Ela já está nas quartas de final do torneio.
Olimpíada
Stewart está entre as 25 pré-convocadas por Geno Auriemma para a Olimpíada do Rio de Janeiro. O elenco final poderá contar com somente 12 jogadoras. Tem vaga?
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