Presidente do COB se nega a assumir Rio-2016: ‘Não fui eleito para isto’
Paulo Wanderley afirma que focará no cargo no Comitê Olímpico do Brasil. Comitê Organizador, que era presidido por Carlos Nuzman, acumula dívida de R$ 218 milhões
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O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, se recusou a assumir o Comitê Rio-2016, que acumula uma dívida de R$ 218 milhões. A informação foi publicada nesta quarta-feira pela "Folha de São Paulo" e confirmada pelo dirigente após a Assembleia Geral, na sede da entidade, que aprovou o aumento no número de atletas com poder de voto.
- Não fui eleito para ser presidente do Rio-2016. Isto não está mais no estatuto do COB. Não invalida o que foi assumido anteriormente, mas espontaneamente não tenho interesse nenhum, pois estou focado no COB. Não tenho compromisso com o Rio-2016, até que me provem o contrário - afirmou Wanderley.
De acordo com o estatuto antigo do COB e com o do Rio-2016, o presidente do primeiro teria a missão de assumir o órgão que controlava as ações voltadas para o megaevento. Mas, no atual contexto de alterações no regulamento do COB, Wanderley retirou este item do texto.
Ambas as entidades eram presididas por Carlos Arthur Nuzman, que renunciou aos cargos ao ser investigado como suposta peça-chave no esquema de compra de votos para eleger o Rio de Janeiro sede dos últimos Jogos Olímpicos. O cartola chegou a ser preso, mas conseguiu habeas corpus.
Desde então, o comando do Comitê Rio-2016 ficou a cargo de Edson Menezes, vice-presidente do Conselho Diretor. O órgão deve ser encerrado até 2023, e não ha qualquer perspectiva de que as dívidas serão pagas.
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