Segundo tenista mais jovem a alcançar a semifinal do NextGen Finals, atrás apenas do italiano Jannick Sinner, líder do ranking e campeão em 2019, João Fonseca, aos 18 anos, vem encantando o mundo com suas atuações em Jidá, na Arábia Saudita. E, também, aumentando a premiação na carreira a cada partida no torneio.
Apenas pela participação, cada um dos oito melhores sub-20 do mundo embolsou US$ 150 mil (R$ 919,5 mil). Como cada vitória na fase de grupos vale US$ 36,660 (R$ 224,72 mil), o prodígio do tênis brasileiro já tem garantidos US$ 223,32 mil (R$ 1,368 milhão), chegando muito perto dos US$ 253,093 (R$ 1,556 milhão) que acumulou ao longo de 2024. Nesta sexta, o primeiro brasileiro a disputar o NextGen pode embolsar mais US$ 36,660 (R$ 224,72 mil), caso confirme o favoritismo contra o já eliminado tcheco Jakub Mensik, por volta das 14h30 (de Brasília).
E, como a vitória na semifinal vale US$ 113,500 (R$ 695,755 mil), o número 145 do mundo tem boas chances de ganhar, apenas nesta semana, mais do que toda a premiação na carreira: US$ 292,146 (R$ 1,79 milhão). Isso sem falar que o triunfo numa provável final vale nada menos que US$ 153 mil (R$ 937 mil).
Em Jidá, o brasileiro estreou derrotando, na quarta-feira, o francês Arthur Fils (20º do mundo), em sua maior vitória na carreira até agora. Depois, nesta quinta, superou o americano Learner Tien.
Rio Open, divisor de águas para João Fonseca
Vale lembrar que João Fonseca foi o oitavo e último classificado (por ter o ranking mais baixo: 145ª) para o torneio em Jidá. O brasileiro também é o caçula da competição.
Mas a posição atual no ranking do prodígio brasileiro, na verdade, seria difícil de ser imaginada no início da temporada, quando ele era apenas o 730º do mundo. E o divisor de águas em 2024 foi a participação, graças a um convite da organização, no Rio Open. Foi ali, no ATP 500 carioca, em fevereiro, que o anfitrião venceu, aos 17 anos, a primeira partida em um torneio desse nível, contra o francês Arthur Fils (que ele voltou a derrotar na estreia em Jidá).
No mesmo torneio, o pupilo do técnico mineiro Guilherme Teixeira, com quem treina desde os 11 anos, se tornou o segundo mais jovem a alcançar as quartas de final de um ATP 500.
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A incrível campanha no saibro do Jockey Club fez João Fonseca desistir da ideia de jogar o tênis universitário americano. Em novembro de 2023, dois meses após vencer o US Open juvenil, nas simples, o tenista carioca chegou a fazer um acordo com a Universidade de Virgínia, onde jogaria por um ano para, só depois, seguir no tênis profissional.
Mais que um enorme salto no ranking, de 655º para 343º, a campanha no Rio Open deu a João Fonseca e sua equipe e família a convicção de que a escolha pelo circuito profissional era a melhor a ser feita.