Apesar de Max Verstappen ter figurado entre os três pilotos mais rápidos em dois dos três dias de testes da pré-temporada da F1 2025, a Red Bull não teve uma experiência completamente tranquila no Circuito de Sakhir, no Bahrein. Desde quarta-feira (26), a equipe enfrentou dificuldades, incluindo uma falha no motor.
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Segundo o diretor técnico Pierre Wache, as expectativas não foram totalmente atingidas durante as sessões.
- Não foi um teste tão tranquilo quanto esperávamos, mas é melhor identificar problemas agora do que mais adiante. Estamos aqui justamente para entender o carro e aprimorá-lo - explicou Wache, que também destacou.
- Não estou completamente satisfeito, pois o carro não respondeu como gostaríamos em certos momentos. No entanto, ele está evoluindo na direção certa, mesmo que o progresso não tenha sido tão significativo quanto esperávamos. Isso é algo que precisamos ajustar para a primeira corrida e para o desenvolvimento futuro - completou o diretor da Red Bull.
O RB21, modelo da RBR para a temporada de 2025, marca uma nova era para a equipe, sendo o primeiro carro desenvolvido sem a influência do renomado projetista Adrian Newey, que agora integra a Aston Martin com foco nos regulamentos de 2026. Apesar da ausência do engenheiro, a equipe mantém a ambição de retornar ao topo da F1, posição que perdeu no ano passado com a ascensão da McLaren no campeonato de construtores.
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Durante os testes no Bahrein, o RB21 demonstrou bom desempenho em voltas rápidas, mas Verstappen e seu novo companheiro de equipe, Liam Lawson, enfrentaram diversos contratempos. Em vários momentos, os pilotos precisaram retornar aos boxes para ajustes, como a troca de uma nova asa dianteira apresentada na sexta-feira, ou para corrigir problemas técnicos.
Um dos momentos mais críticos ocorreu quando Lawson estava ao volante do RB21. O piloto ficou mais de uma hora fora da pista durante a manhã do segundo dia de testes devido a um vazamento no motor Honda. Apesar do problema, Lawson conseguiu retornar para a sessão da tarde.
- Tivemos um dia decente na sexta-feira. Houve alguns pequenos contratempos, mas, no geral, conseguimos cumprir a maior parte do nosso plano. Não foi ruim, mas ainda há trabalho a ser feito. Isso já era esperado, e vamos continuar evoluindo. Esperamos que, ao chegarmos a Melbourne, tenhamos aprendido mais com os dados coletados e saibamos exatamente onde estamos - avaliou Verstappen, que foi o segundo mais rápido no último dia de testes.
Wache detalhou como foram os testes para a equipe austríaca e ponderou que, apesar dos desafios, as sessões foram produtivas:
- O clima não colaborou e não foi o ideal para este circuito, mas tentamos explorar ao máximo o potencial do carro, entendendo como ele se comporta com diferentes configurações. Acredito que conseguimos bons insights. É difícil prever como será a ordem de largada em Melbourne (local da abertura do campeonato, o GP da Austrália). Percebemos que quatro equipes parecem muito competitivas, incluindo nós, mas nosso foco está em nosso próprio programa, não nas outras equipes - finalizou
A Red Bull segue trabalhando para resolver os problemas identificados nos testes e buscará estar em sua melhor forma para o início da temporada, que promete ser altamente competitiva. A Fórmula 1 retorna no dia 14 de março, para a abertura do campeonato de 2025, em Albert Park, na Austrália.