Histórica! Não há outra forma de definir as Olimpíadas de Paris. A competição foi a primeira realizada após a pandemia de Covid-19 e serviu para marcar de vez o nome de alguns atletas na história do esporte. Além disso, outros grandes fenômenos surgiram na capital francesa. Na retrospectiva do que aconteceu em 2024, o Lance! recorda alguns destaques.
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Paris 2024 consolidou ídolos do esporte
As Olimpíadas de Paris foram capaz de acabar com uma série de "discussões" sobre em que prateleira alguns nomes ocupavam na história do esporte. Se alguém ainda questionava a capacidade desses atletas, não há mais argumentos para isso.
Djokovic "zera" títulos do tênis
Um dos maiores da história, senão o maior. Antes dos Jogos, Novak Djokovic já possuía um currículo invejável, com 24 Grand Slams e duelos impressionantes contra Roger Federer e Rafael Nadal. Porém, ainda faltava a maior das conquistas: o ouro olímpico. Com a vitória em cima de Carlos Alcaraz, o sérvio adicionou o título ao extenso currículo e entrou para história como o primeiro tenista a ganhar todas as competições possíveis da modalidade.
Simone Biles dá volta por cima
Após uma decisão difícil de deixar a competição em Tóquio, pairava uma insegurança sobre como seria o desempenho de Simone Biles em Paris. No entanto, a estadunidense colocou as primeiras provas "no bolso" e faturou três ouros: individual geral, por equipes e salto. Além disso, a ginasta ficou com a prata no solo, ao perder para Rebeca Andrade, e o quinto lugar na trave.
A campanha de Biles a consolidou como, pelo menos, a segunda maior ginasta da história — há quem coloque Nadia Comăneci na primeira posição. Mas a certeza é de que o impacto de Simone para o esporte é inestimável.
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Mijaín López e a longevidade em excelência
No panteão dos maiores atletas olímpicos. Apesar de o tema da retrospectiva ser a consolidação de nomes históricos do esporte, alguns elevam o nível. A participação do lutador Mijaín López nas Olimpíadas de Paris já era inédita — aos 41 anos, o cubano se tornou o primeiro atleta a competir em seis Jogos Olímpicos. Mas, como se não bastasse, López conquistou o quinto ouro seguido e anotou mais um feito memorável na sua despedida do cenário olímpico.
LeBron, Curry e Durant carregam o novo "Dream Team"
A dominância dos Estados Unidos no basquete olímpico não é novidade. No entanto, com uma campanha abaixo na Copa do Mundo da modalidade, houve uma desconfiança se a equipe seria capaz de vencer as Olimpíadas sem os grandes astros.
Para acabar com qualquer questão, os atletas se reuniram e, sob a liderança de LeBron James, Stephen Curry e Kevin Durant, montaram a nova edição do "Dream Team", o "Time dos sonhos". Com tantos craques envolvidos, não houve quem fizesse frente, e os EUA levaram o ouro com tranquilidade.
Teddy Riner domina, mais uma vez, os pesos-pesados do judô
Teddy Riner chegou aos Jogos como uma das grandes esperanças de medalha do povo francês. Mesmo com o bronze amargo conquistado em Tóquio 2020, havia expectativa de que um dos atletas mais famosos da França levasse o ouro em casa. Dito e feito, o judoca subiu ao lugar mais alto do pódio duas vezes: nos pesos-pesados e por equipes.
Além disso, Riner foi o responsável por acender a pira olímpica em Paris, ao lado da ex-velocista Marie-José Perec, na cerimônia de abertura da competição.
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Surgimento de novos astros
Consolidação de uns e surgimentos de outros. Os Jogos Olímpicos de 2024 também mostraram ao mundo o surgimento de novos astros do esporte.
Duplantis: o demolidor de recordes
Fenômeno. O que Armand Duplantis fez na capital francesa deverá ser contado de geração em geração. O sueco de 25 anos levou o bicampeonato olímpico ao saltar 6m na final do salto com vara, realizada no Stade France. Após a vitória, o atleta parecia apenas "brincar" de quebrar todos os recordes possíveis.
Primeiro, Duplantis saltou 6,10m e atropelou o recorde olímpico — que até então era do brasileiro Thiago Braz, alcançado na Rio 2016. Na sequência, o sueco saltou 6,25m e quebrou o recorde mundial, que já era dele. Com o feito, Armand se tornou detentor das 10 maiores marcas da história do salto com vara.
Léon Marchand foi o grande destaque da França nos Jogos
O nadador Léon Marchand se despediu das Olimpíadas de Paris com quatro medalhas de ouro, sendo elas nos 200m medley, 200m peito, 200m borboleta e 400m medley — além de ter quebrado o recorde olímpico em todas. Estas conquistas representaram 25% dos títulos da delegação francesa na competição. O atleta ainda levou o bronze no revezamento 4x100m medley.
Prova de 100m mais rápida da história das Olimpíadas
Caso fosse preciso definir o que é esporte disputado em alto rendimento, existiriam poucos exemplos melhores que a prova dos 100m masculino dos Jogos de 2024. O pódio ficou dividido em Noah Lyles com o ouro; Kishane Thompson com a prata; e Fred Kerley com o bronze.
A questão impressionante desta prova foi que Oblique Seville, último colocado, ficou apenas 0s12 atrás de Lyles, campeão da prova. Foi a primeira vez na história das Olimpíadas em que os oito finalistas dos 100m correram abaixo dos 10 segundos.
As Olimpíadas de Paris foram a 33ª edição do maior evento multi-esportivo do mundo. A competição, que contou com diversos recordes e momentos marcantes, ficará marcada para sempre na memória do público.