Ano olímpico é diferente. Em 2024, foram realizadas as Olimpíadas de Paris, a 33ª edição do maior evento poliesportivo do mundo. Por isso, o Lance! traz uma retrospectiva com os pontos mais relevantes sobre a campanha do Brasil na competição, que entrou para a história de diversas modalidades.
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Protagonismo feminino
É impossível falar sobre as Olimpíadas de Paris sem mencionar o protagonismo feminino nos Jogos. As mulheres foram as grandes responsáveis pelo desempenho da delegação brasileira.
Ginástica Artística
A campanha do Brasil na ginástica artística em Paris foi histórica. Lorrane Oliveira, Jade Barbosa, Júlia Soares, Flávia Saraiva e Rebeca Andrade conquistaram o bronze na prova por equipes. Esta, inclusive, foi a primeira vez em que a equipe brasileira subiu ao pódio desta forma. Além disso, Rebeca Andrade faturou mais três medalhas nos Jogos.
Vôlei de Praia
Domínio. Esta é a palavra que melhor define o desempenho de Duda e Ana Patrícia na capital francesa. Sob os olhos da Torre Eiffel, a dupla brasileira perdeu apenas dois sets em sete partidas disputadas. O ouro das jogadoras encerrou um jejum de 28 anos para o Brasil no vôlei de praia feminino — o último havia sido de Jackie e Sandra em Atlanta-1996.
Judô
O Brasil segue sendo uma tradição no judô mundial. Apesar da prata de William Lima e o bronze de Larissa Pimenta terem sido especiais, outras duas medalhas tiveram um gosto a mais. Na categoria +78kg, Bia Souza faturou o primeiro ouro da delegação brasileira em Paris. Outro momento marcante foi o bronze na prova por equipes, medalha que o Brasil não tinha até então. A campanha, resolvida na luta de desempate contra a Itália, coroou a conquista inédita para o país.
Futebol feminino
Foi por muito pouco. A eliminação da Espanha na semifinal do futebol feminino mostrou para a Seleção Brasileira que era possível sonhar com o inédito ouro olímpico. Apesar da derrota na final para os Estados Unidos, a impressão que ficou é de um futuro promissor para geração sob o comando de Arthur Elias. A prata ainda marcou a despedida de Marta de competições pela Amarelinha.
Atletismo e Canoagem também são destaque
A trajetória de Caio Bonfim, principal representante do Brasil na marcha atlética, é inspiradora. O brasileiro, que teve campanhas de altos e baixos em outras Olimpíadas, alcançou o sonho de subir ao pódio olímpico após ficar em segundo na prova de 20km.
Se o Brasil não tem tanta tradição na marcha, na canoagem a história é diferente graças a um nome: Isaquias Queiroz. Após um período sabático para cuidar da saúde mental, o canoísta mostrou por que é um dos maiores da modalidade e conquistou a medalha de prata na prova do C1 1000. Com a conquista, Isaquias se tornou o segundo brasileiro com mais medalhas olímpicas, ao lado de Torben Grael e Robert Scheidt, com cinco, e atrás de Rebeca Andrade, que chegou a seis.
Deixaram a desejar
Nomes como Bia Ferreira, no boxe, e Alisson dos Santos (Piu), no atletismo, chegaram aos Jogos Olímpicos com grandes expectativas. No entanto, ambos os nomes levaram apenas a medalha de bronze — e têm seus méritos nisso —, mas as pretensões eram maiores para os atletas.
A Seleção Brasileira de vôlei feminino foi outra que chegou a Paris como esperança de grandes conquistas. Porém, a equipe foi derrotada pelos Estados Unidos na semifinal, em jogo decidido no tie-break. Na disputa do bronze, as comandadas de Zé Roberto derrotaram a Turquia e garantiram o terceiro lugar.
No masculino, o algoz foi os Estados Unidos, novamente. No entanto, a equipe de Bernardinho foi eliminada ainda nas quartas de final após vencer apenas uma partida em quatro disputadas na competição.
Outro brasileiro que chegou como favorito foi Hugo Calderano. Sul-americano melhor colocado no ranking mundial, o brasileiro teve um começo de competição excelente, mas foi derrotado na semifinal para o sueco Truls Möregårdh. Na disputa do bronze, perdeu para o francês Felix LeBrun e deixou os Jogos sem medalha.
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Saldo foi positivo, mas atenção para renovação é necessária
O Brasil vinha em uma crescente de conquistas a cada edição dos Jogos, mas a evolução freou em Paris. As 20 medalhas conquistadas são um número bom, quando comparados à média histórica do país. Porém, o presidente eleito, Marco La Porta, terá pela frente a missão de conduzir uma renovação em diversas modalidades e manter o crescimento de outras.
Contudo, o ciclo até Los Angeles 2028 é longo e o torcedor brasileiro tem tudo para estar animado com o que a delegação brasileira pode apresentar no período e na Olimpíada em si.