Rio Open: torneio de tênis pretende retornar com categorias femininas e sonha com Nadal
Evento de ATP 500 pode sofrer mudanças com o crescimento do público e o destaque da nova geração de atletas brasileiras
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Encerrado neste domingo, o Rio Open é o único torneio de ATP 500 do Brasil e pretende dar passos ainda maiores para desenvolvimento do evento. Ao longo de nove dias, milhares de fãs da modalidade estiveram no Jockey Club para os jogos das categorias simples e duplas masculino. No entanto, para 2024, mudanças e novidades, como a volta da competição WTA - modalidade feminina -, podem ser realizadas.
Diretor do evento, Lui Carvalho ressaltou os planos para a 10ª edição da competição em solo carioca. Ele afirmou, inclusive, que sonha com o retorno de Rafael Nadal, maior ganhador de Grand Slam da história da modalidade, que disputou o torneio nas três primeiras edições.
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- Meu sonho é ter o Nadal de volta para comemorar os dez anos (do evento). É um sonho, não tem conversa com o agente, ele nem está falando de calendário para 2024, imagino que ele esteja caminhando para o final da carreira, mas ele continua jogando. De fato seria um sonho, o Alcaraz é a nova geração e ele é a antiga geração, além de ter ajudado muito a desenvolver o Rio Open - comentou.
Nadal venceu a primeira edição da competição, realizada em 2014. Em 2015 e 2016, perdeu nas semifinais e não ficou com o troféu. No entanto, apesar da relação com o Rio de Janeiro e os organizadores, o tenista espanhol convive com problemas físicos que podem dificultar o retorno ao torneio.
Coincidentemente, os anos que Nadal disputou a competição também foram marcados pela exibição das tenistas na categoria de simples e duplas feminina. Agora, com a ascensão de atletas como Bia Haddad, hoje 12ª colocada no ranking WTA no simples, e Luisa Stefani, campeã do Australian Open de duplas mistas ao lado de Rafael Matos, o evento pretende trazer mais partidas para o torcedor com o torneio WTA.
- A gente já vem conversando há algum tempo sobre o projeto de trazer o feminino de volta. A gente precisa achar uma data e encaixar no calendário. Queremos aproveitar esse momento, só precisamos achar uma data e não atrapalhar o produto, inserir dentro do calendário do Brasil.
O evento, no entanto, não seria no Jockey Club. Situado na Gávea, o espaço possui nove quadras de saibro, contando com a Arena Guga Kuerten, com capacidade para 6.200 torcedores. Porém, a logística interna não conseguiria abrigar um torneio em conjunto de grande porte.
- Não cabe aqui dentro. Não é só questão de vestiário, de sala de jogador, mas questão de quadras, não temos o suficiente. Espero que a gente consiga resolver - acrescentou.
O cenário geral do evento foi um sucesso. Torcedores frequentaram os estandes dos patrocinadores, receberam brindes e tiveram diversas opções de alimentação. Além disso, a vista contribuiu para a beleza do torneio, localizado na Gávea, com a presença do Cristo Redentor atrás da Quadra Principal.
No entanto, os preços foram salgados: os ingressos da decisão, por exemplo, variaram entre R$ 295 e R$ 800, dependendo do setor na Arena. A abertura do torneio foi marcada por tíckets médios mais baratos, com aumento de preço passados os dias.
O Rio Open deve realizar a sua décima edição em 2024. Com negociação para renovação da parceria, o evento seguirá no Jockey Club, local da atual edição. As datas ainda não foram confirmadas.
Neste domingo, de virada, Cameron Norrie venceu Carlos Alcaraz por 2 sets a 1 e garantiu o seu primeiro troféu do torneio. Além disso, no último sábado, os argentinos Maximo Gonzalez e Andres Molteni venceram o brasileiro Marcelo Melo e o colombiano Juan Cabál pelo placar de 2 a 0. Aos 39 anos, Melo tentou se tornar o primeiro brasileiro campeão da competição, mas saiu com o vice-campeonato.
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