George Russell comandou a classificação na madrugada deste sábado (23) e conquistou a pole-position para o GP de Las Vegas. O piloto da Mercedes bateu Carlos Sainz no fim e garantiu pela terceira vez na temporada 2024 a posição de honra do grid, a quarta na carreira. Pierre Gasly colocou uma surpreendente Alpine na terceira colocação.
Dessa vez, os treinos livres não enganaram. A Mercedes de fato se achou na veloz pista de rua de Las Vegas e chegou na classificação como o carro a ser batido, por mais que o próprio Russell tenha ficado sem respostas para explicar a razão da performance até dominante. Ainda assim, ele e Lewis Hamilton se revezaram na liderança tanto do Q1 quanto do Q2, mas não se tratou de um voo totalmente solo.
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Embora menos brilhantes, McLaren e Ferrari também foram ao combate, e a disputa entre elas foi ainda mais imprevisível. No Q2, por exemplo, o segundo colocado foi Sainz, enquanto Max Verstappen foi quem mais se aproximou do duo prateado na primeira parte da sessão.
O tricampeão, aliás, lutou o máximo que pôde para encaixar um giro decente o suficiente para se colocar na briga na corrida. Com um carro ajustado em cima da hora para conter o arrasto aerodinâmico, Max novamente mostrou por que é o piloto que mais faz diferença mesmo com um equipamento inferior em comparação aos rivais. De positivo, a quinta colocação, à frente de Lando Norris, que ficou em sexto.
Mas era mesmo dia de Mercedes, ainda que Hamilton e Russell tenham cometido erros no Q3. O #63 chegou a raspar a faixa de publicidade colada no muro, porém teve gordura para queimar no fim. A Ferrari, no entanto, chegou muito perto de fazer dobradinha, mas terminou em segundo, com Sainz, e quarto, com Charles Leclerc.
Yuki Tsunoda levou a RB ao Q3 e vibrou bastante com a sétima colocação. Oscar Piastri, Nico Hülkenberg e Hamilton fecharam o top-10. Franco Colapinto bateu forte no fim do Q2 e gerou nova dor de cabeça para a Williams.
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Confira como foi a classificação da F1 em Las Vegas:
Depois de três sessões de treinos livres dominadas pelos carros da Mercedes, os pilotos retornaram à ação com os termômetros em 12°C de temperatura ambiente, asfalto em 15°C e umidade relativa do ar em 26%. Mas apesar do bom desempenho de Russell e Hamilton, Ferrari e McLaren também se apresentaram fortes tanto em voltas rápidas quanto em simulação de corrida.
Verstappen, por sua vez, brigou bastante com o RB20 — que passou por um ajuste de última hora na asa traseira, cortada para reduzir o arrasto aerodinâmico e resolver a enorme perda de até 0s6 nas longas retas. O neerlandês só conseguiu se sentir mais à vontade quando, no fim do TL3, calçou os pneus macios e sentiu o carro “infinitamente melhor” em termos de aderência.
Q1: Mercedes lidera e Pérez cai de novo
Pista liberada, Gasly ditou o ritmo com 1min34s509 até Piastri, o primeiro carro das equipes de ponta a marcar tempo, baixar a marca em 0s4. Hamilton, então, pegou o melhor primeiro setor, mas não foi o bastante para desbancar o McLaren. Norris, por sua vez, andou bem próximo da marca do companheiro de equipe, tomando a segunda posição por 0s030.
Lewis ficou em terceiro, à frente de Russell. Enquanto isso, Verstappen vinha forte, com perdas nos milésimos nos setores 1 e 2, mas tomando quase 0s3 no último, o trecho mais veloz da pista. Assim que Leclerc cruzou a linha de chegada e pulou para primeiro, Verstappen caiu para oitavo.
Os carros da McLaren, então, aceleraram novamente e voltaram a ocupar as primeiras posições. Sainz, por sua vez, contou com o vácuo do carro de Leclerc para fazer o melhor terceiro setor e tirar Norris do segundo posto. Depois foi a vez de Russell recolocar a Mercedes no jogo, saltando para a liderança a cinco minutos do fim do Q1.
Até então, Valtteri Bottas, Ocon, Magnussen, Hülkenberg e Lance Stroll — ainda nos boxes por conta do problema hidráulico que o fez parar no meio da pista no fim do TL3 — eram os eliminados. Os carros da Haas, na verdade, também apareciam sem volta rápida registrada, porém Nico e Kevin logo entraram no top-10 já na primeira tentativa.
Com menos de dois minutos para o cronômetro zerar, o tempo de corte pertencia a Alexander Albon, 1min34s425. Com a melhora da Haas e também de Ocon, Colapinto, Pérez e Lawson foram jogados para fora do Q2. O mexicano conseguiu dar uma respirada ao saltar para 12º, posição, no entanto, ainda muito ameaçada.
De fato, o tempo não foi suficiente, e Pérez novamente caiu no Q1 junto com Alonso, Albon, Bottas e Stroll, que conseguiu sair e ao menos registrar tempo. Destaque para os carros da Mercedes, que mais uma vez brigaram entre si e tomaram as duas primeiras posições, com Russell à frente. E para Guanyu Zhou, que enfim seguiu na classificação.
Q2: Colapinto bate forte e destrói carro da Williams
Novamente, Russell começou na ponta da tabela, até ser desbancado por Hülkenberg — que, depois, viu Hamilton recolocar a Mercedes na liderança. Pouco mais atrás, Norris fez um tempo 0s126 mais lento que o do #44 da Mercedes, só que tanto Verstappen quanto Piastri acharam milésimos suficientes para se colocarem entre ambos — o australiano, aliás, ficou 0s001 atrás de Lewis, que ainda sustentava 1min33s136 como melhor volta.
Com pouco mais de cinco minutos para o fim, Verstappen assumiu a liderança graças ao ótimo primeiro setor, bastante para compensar a já esperada perda na parte final. Só que Russell pintou os trechos 1 e 2 de roxo e cravou 1min32s881. Hamilton veio no embalo e jogou Max para terceiro.
Enquanto isso, na parte de baixo, Gasly, Colapinto, Ocon, Lawson e Zhou eram os eliminados, com 1min33s321 de Magnussen como tempo a ser batido na zona de corte. O chinês da Sauber passou abaixo da marca no setor 1, porém perdeu tempo no intermediário. Só que ninguém teve a chance de melhorar, já que Colapinto bateu com a roda dianteira esquerda no muro na curva que traz para a reta do último setor.
Antes da batida que eliminou Ocon, Magnussen, Zhou, Colapinto e Lawson, Sainz se meteu entre os carros da Mercedes. E Gasly colocou a Alpine em quarto.
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Q3: Russell voa no fim e conquista pole
Cerca de 20 minutos depois da interrupção, Verstappen foi o primeiro a ir para a pista em busca de voltas de aquecimento de pneus antes de acelerar para valer. Por conta disso, os carros da McLaren foram os primeiros a registrarem volta rápida, com Norris mais rápido que Piastri. Os dois pularam para as primeiras colocações, até que Sainz fechou a primeira tentativa em 1min33s022, colocando a Ferrari na liderança.
Veio, então, Russell, já baixando em 0s2 a marca no primeiro setor. Ele manteve o rimo e assinalou 1min32s811, enquanto Sainz pulou para segundo. Hamilton, todavia, passou reto na curva 13 e se viu obrigado a abortar a primeira tentativa.
Volta final para todos, e, de repente, foi a Ferrari quem apareceu disposta a jogar água no chope alemão. Primeiro, Leclerc voou e pegou a pole provisória, só que Sainz foi ainda melhor e formou a dobradinha italiana. Mas era dia de Mercedes, e Russell não deixou a chance escapar e confirmou o rótulo de azarão do fim de semana. Para completar a festa do imprevisível, Gasly tratou de colocar a Alpine no top-3.