Os carros da Fórmula 1 não terão mais o DRS a partir da temporada 2026. No entanto, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) introduziu um novo sistema de ultrapassagens, que é o Manual Override Mode [em português, Modo de Ultrapassagem Manual]. Durante apresentação nesta quinta-feira (6), a FIA falou que o novo regulamento da F1 prevê um acréscimo de potência proveniente de energia elétrica ao motor do piloto que se aproxima para superar o rival.
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O sistema tem lógica similar ao DRS: o acionamento será permitido quando o piloto de trás estiver perto ao da frente. No entanto, Jan Monchaux, diretor-técnico de monoposto da FIA, indicou que não terão áreas específicas para utilizar a potência extra, que os competidores poderão usar no momento e da maneira que acharem mais adequada — algo similar ao que ocorre com o push-to-pass na Indy, mas que tem um limite estabelecido em cada corrida.
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O carro perseguidor vai poder utilizar o MGU-K, a parte elétrica do motor, na máxima potência — que deixa os 120 kW atuais e salta para 350 kW, quase 300% de aumento — até alcançar 337 km/h, o que sugere que o sistema pode ser mais acionado nas saídas de curvas e início de retas.
“Agora, permitiremos que o carro que está atrás utilize mais energia elétrica por um determinado período de tempo durante a volta. No momento, com o DRS, você pode acionar o sistema estando 1s atrás. Esse não será mais o caso, mas lógica será a mesma: se estiver perto o suficiente de outro carro, recebe uma quantidade extra de energia para aquela volta, que pode ser usada da maneira que quiser”, afirmou Monchaux.
“A quantidade extra de energia é definida e isso dará aquele impulso para eventualmente ultrapassar até o final da reta. Se estiver a uma determinada distância, antes do final de uma volta, do carro à frente, então, no giro seguinte, haverá a possibilidade de usar mais energia elétrica do que o oponente”, completou o dirigente da FIA.
Monchaux explicou que a expectativa de ultrapassagens estão maiores para a partir de 2026, que estas estão pautadas além do novo sistema. O dirigente da FIA explicou que o conceito do carro vai contribuir para o número de manobras em pistas aumente. Vale destacar que o futuro monoposto pesará 768 kg (722 kg de peso entre carro e piloto + 46 kg como massa estimada do pneu) e serão, portanto, 30 kg mais leves que a atual geração de carros de F1, melhorando eficiência e capacidade de gerenciamento.
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“Ultrapassagens continuam como um parâmetro muito importante na Fórmula 1. Isso acontecerá de dois modos. O conceito aerodinâmico reduz o efeito negativo para o carro que está atrás. Para superar um adversário, você precisa estar perto do concorrente à frente, mas não tem sido possível seguir em uma curva, pois se gera muito ar sujo e o carro fica instável. Só na reta é viável recuperar essa perda. É importante que seja razoavelmente permitido acompanhar um rival na curva. Prioridade #1 ter certeza que o conceito aerodinâmico não gere muito ar sujo”, encerrou o dirigente da FIA.