Sai DRS, entra MOM: FIA explica novo sistema de ultrapassagem da F1 para 2026

As primeiras imagens do carro da F1 para a temporada 2026 (Foto: Divulgação / FIA)

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Grande Premio
Rio de Janeiro
Dia 06/06/2024
15:40
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Os carros da Fórmula 1 não terão mais o DRS a partir da temporada 2026. No entanto, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) introduziu um novo sistema de ultrapassagens, que é o Manual Override Mode [em português, Modo de Ultrapassagem Manual]. Durante apresentação nesta quinta-feira (6), a FIA falou que o novo regulamento da F1 prevê um acréscimo de potência proveniente de energia elétrica ao motor do piloto que se aproxima para superar o rival.

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O sistema tem lógica similar ao DRS: o acionamento será permitido quando o piloto de trás estiver perto ao da frente. No entanto, Jan Monchaux, diretor-técnico de monoposto da FIA, indicou que não terão áreas específicas para utilizar a potência extra, que os competidores poderão usar no momento e da maneira que acharem mais adequada — algo similar ao que ocorre com o push-to-pass na Indy, mas que tem um limite estabelecido em cada corrida.

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O carro perseguidor vai poder utilizar o MGU-K, a parte elétrica do motor, na máxima potência — que deixa os 120 kW atuais e salta para 350 kW, quase 300% de aumento — até alcançar 337 km/h, o que sugere que o sistema pode ser mais acionado nas saídas de curvas e início de retas.

“Agora, permitiremos que o carro que está atrás utilize mais energia elétrica por um determinado período de tempo durante a volta. No momento, com o DRS, você pode acionar o sistema estando 1s atrás. Esse não será mais o caso, mas lógica será a mesma: se estiver perto o suficiente de outro carro, recebe uma quantidade extra de energia para aquela volta, que pode ser usada da maneira que quiser”, afirmou Monchaux.

As primeiras imagens do carro da F1 para a temporada 2026 (Foto: Divulgação / FIA)

“A quantidade extra de energia é definida e isso dará aquele impulso para eventualmente ultrapassar até o final da reta. Se estiver a uma determinada distância, antes do final de uma volta, do carro à frente, então, no giro seguinte, haverá a possibilidade de usar mais energia elétrica do que o oponente”, completou o dirigente da FIA.

Monchaux explicou que a expectativa de ultrapassagens estão maiores para a partir de 2026, que estas estão pautadas além do novo sistema. O dirigente da FIA explicou que o conceito do carro vai contribuir para o número de manobras em pistas aumente. Vale destacar que o futuro monoposto pesará 768 kg (722 kg de peso entre carro e piloto + 46 kg como massa estimada do pneu) e serão, portanto, 30 kg mais leves que a atual geração de carros de F1, melhorando eficiência e capacidade de gerenciamento.

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“Ultrapassagens continuam como um parâmetro muito importante na Fórmula 1. Isso acontecerá de dois modos. O conceito aerodinâmico reduz o efeito negativo para o carro que está atrás. Para superar um adversário, você precisa estar perto do concorrente à frente, mas não tem sido possível seguir em uma curva, pois se gera muito ar sujo e o carro fica instável. Só na reta é viável recuperar essa perda. É importante que seja razoavelmente permitido acompanhar um rival na curva. Prioridade #1 ter certeza que o conceito aerodinâmico não gere muito ar sujo”, encerrou o dirigente da FIA.

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