É verdade que a Nico Hülkenberg chegou a vislumbrar uma briga por pontos em dado momento do GP do Bahrein de Fórmula 1, mas a realidade do 13º lugar ficou ainda pior horas depois do fim da prova quando foi desclassificado por desgaste excessivo da prancha de madeira do assoalho. A Sauber ainda não entende os motivos para que algo deste naipe tenha acontecido.
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Beat Zehnder, diretor de programas próprios e operações da Sauber, falou sobre o assunto após a corrida em Sakhir. Deixou claro que ainda não sabe o que aconteceu, mas que pegou a Sauber de surpresa após as avaliações feitas na sequência dos treinos livres, antes que o carro entre em regime de Parque Fechado. É a segunda vez que uma desclassificação por este motivo acontece na temporada – a outra foi a de Lewis Hamilton, da Ferrari, na China.
— Aparentemente, a medição da prancha do assoalho apontou um número menor que 9 mm. Fazemos TL1, TL3 e TL3 e, depois, medimos para termos nossas referências, mas o motivo para estar menor que 9 mm eu não sei — afirmou à revista inglesa Autosport.
— Talvez tenha tido um impacto o fato de Nico ter dado poucas voltas no TL3, então terminamos os treinos com uma referência a menos. Mas não devia acontecer e não pode acontecer novamente — continuou.
Com relação a Gabriel Bortoleto, o acerto para a corrida tinha menos downforce que o do companheiro de equipe. É o que a Sauber enxerga como diferença para ter acontecido com um, mas não com o outro. O brasileiro foi o último colocado entre os que terminaram a corrida.
— Temos de levar em consideração que é um circuito em que o carro pula demais se você passar por cima da zebra ou derrapar demais. É um erro da nossa parte. Claro que jamais quisemos quebrar as regras, porque é inimaginável a possibilidade de terminarmos nos pontos e perdermos depois — comentou.
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Zehnder ainda tratou das necessidades da equipe para voltar a brigar e conquistar pontos, como foi em Melbourne.
— Não apenas uma corrida como Melbourne. A classificação é crucial e, depois, depende muito do trem em que você se encontra. Ar livre fazer enorme diferença em todos os aspectos. Hoje em dia, é preciso uma diferença de 1s2 a 1s5 para ser capaz de atacar, então o ar sujo se torna doloroso. Além disso, o ar livre é muito mais saudável para os pneus — apontou.
— Sabemos que temos de achar 0s2 ou 0s3 desesperadamente apenas para classificar melhor no grid. Nico é um dos melhores pilotos de classificação com que eu trabalhei e faz muita diferença se você começa a corrida em 13º ou 16º — finalizou.
A Fórmula 1 volta já de 18 a 20 de abril em Jedá, palco do GP da Arábia Saudita, quinta etapa da temporada 2025.