O Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) cedeu a pressão e confirmou que o Mundial Paralímpico de Natação, não será realizado na cidade de Kuching, na Malásia, como era previsto. A decisão foi tomada após um possível ato de discriminação contra Israel, por parte do primeiro-ministro malaio, Mahathir Mohamad, que manteve a posição de negar vistos para o Comitê Israelense.
A ONG pró-diretos humanos Action Against Discrimination (Ação contra a Discriminação) pediu para que outro pais fosse escolhido para sediar o evento, que inicialmente seria realizado entre julho e agosto deste ano. De acordo com o Comitê Paralímpico Internacional, o governo malaio não deu garantias de que os para-atletas israelenses pudesse participar com segurança e sem discriminação durante o torneio.
- Todo Campeonato Mundial deve ser aberto a todos os atletas e nações elegíveis, para competirem em segurança e livres de discriminação. Quando um país-sede exclui atletas de uma determinada natação por razões políticas, então não temos alternativa a não ser procurar por outra sede - disse o presidente do IPC, o brasileiro Andrew Parsons.
A escolha pela Malásia havia sido feita em 2017. Os países interessados em sediar o evento tem até o dia 11 de fevereiro para comunicar suas candidaturas. O campeonato é seletiva para os Jogos Paralímpicos de Tóquio e deve reunir 600 nadadores de 60 países.