Falta pouco. Na véspera do início da categoria Park no STU Open Rio, realizado na Praça Duó, no Rio de Janeiro, grandes atletas concederam entrevista coletiva para os jornalistas e falaram sobre as expectativas da competição. No entanto, a polêmica recente com a World Skate, organização mundial de competições, tomou conta da conversa com os renomados skatistas. Prata em Tóquio, o brasileiro e 'veterano' Pedro Barros teceu duras críticas à organização, que não aceitou participar do evento em meio às preparações.
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Na coletiva, estavam presentes grandes destaques. Da categoria masculina, Pedro Barros estava acompanhado dos irmãos Luizinho e André Mariano, além dos australianos Keegan Palmer e Kieran Wooley.
Já da categoria feminina, as brasileiras Yndiara Asp e Dora Varella ficaram ao lado da nipo-britânica Sky Brown e a medalhista de ouro olímpico Sakura Yosozumi, do Japão.
Com a palavra inicial, Pedro Barros se mostrou muito feliz em ser o anfitrião de um evento tão importante para o skate mundial - de acordo com ele, tão importante quanto as Olimpíadas de Tóquio, realizada em 2021.
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Na sua apresentação, ele também demonstrou, de imediato, descontentamento com as questões burocráticas. Apesar da grande expectativa para o evento, que reuniu os melhores do mundo, Pedro lamentou a retirada da World Skate.
- Fico muito feliz de estar fazendo isso por mais um ano. O skate, hoje, é visto como um esporte, mas é um estilo de vida que a gente leva há muitos anos, e que tem tido muita falta de apoio, de gente acreditando, de gente colocando a mão na massa. Hoje, pós-olimpíadas, a gente tem muito orgulho de dizer que esse é o maior evento de skate desde então, que tá sendo feito no brasil, por brasileiros, por quem ama o skate - exaltou.
Em seguida, ele foi perguntado especialmente sobre a decisão da World Skate. Como de costume, a estrela do Park não se escondeu.
- A World Skate foi a federação regida para ser responsável pelo skateboard como competição. Como profissional há mais de dez anos no Park, é totalmente um descaso participar das olimpíadas, a gente fazer um show, uma 'parada' tão bonita e depois, por falta de organização e trabalho, não acontecer nada com a gente. No Brasil, a gente teve cinco etapas profissionais, os STU Nationals do mais alto nível. É um descaso muito grande (da world skate) - disparou o prata olímpico.
A Confederação Brasileira de Skate se uniu ao STU para apoiar a plataforma na realização dos dois campeonatos - Open Rio de Park e de Street - que serão grandes eventos da temporada.
Por enquanto, a World Skate só realizou um evento classificatório para os Jogos de Paris - o Pro Tour, em Roma, voltado para a categoria Street -, e não há confirmação oficial de mais nenhuma outra competição.
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Não foi apenas o veterano de 24 anos que falou sobre os problemas envolvendo a federação na competição, que começa nesta quinta-feira, na categoria Park. Os australianos presentes também comentaram, com pensamentos distintos.
Ouro na modalidade Park em Tóquio, com a impressionante nota 95,83, Keegan Palmer disse estar feliz com a saída da World Skate e concordou com a opinião dos brasileiros.
- Acho ótimo a World Skate não estar no evento, porque os brasileiros sabem fazer eventos e são reconhecidos mundialmente. Nós não estamos sendo estressados com as inúmeras regras que a World Skate impõe. Quero apenas me divertir andando de skate - ressaltou o skatista.
Já Kieran Wooley, prata nos X Games de 2022, disse não se importar com os problemas de fora das pistas. Para ele, o que importa é se divertir com os amigos e adversários.
O STU Open Rio inicia as atividades da competição nesta quinta com as eliminatórias da modalidade masculina do Park. No feminino, as meninas estreiam direto nas quartas de final, na sexta-feira.
A final das duas categorias ocorre no próximo domingo, com a promessa de muito público na Praça Duó, na Barra da Tijuca. Na próxima semana, o mesmo ocorre com o Street, no qual estrelas como Rayssa Leal, Pâmela Rosa e Kelvin Hoefler buscam dar um show para os fãs e, consequentemente, as medalhas.
*Estagiário, sob a supervisão de Leonardo Damico.
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