O novo presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley, fez questão de elogiar Carlos Arhur Nuzman por sua passagem no cargo, por 22 anos, embora tenha admitido que o sentimento na entidade foi de alívio com sua renúncia em meio aos escândalos recentes.
- Esportivamente, nenhum outro dirigente conseguirá realizar o que Nuzman fez no Brasil. Os Jogos Olímpicos foram um sucesso absoluto. A Lei Agnelo Piva foi fundamental, assim como leis de incentivo. Criação do Instituto Olímpico Brasileiro. Sobre o número de medalhas (em Tóquio-2020), estamos trabalhando. Mas uma coisa posso implementar. Dar segurança ao público de que as coisas serão corretas. Aqui se delega, mas se fiscaliza. É a única possibilidade que tenho. É na governança, na confiabilidade e no respeito que farei meu trabalho com a equipe que tenho e poderá ser reforçada - disse Wanderley.
O novo presidente foi eleito ano passado como vice do COB e já era visto como sucessor natural de Nuzman, sem a previsão dos cartolas de que o mandatário seria preso pela Polícia Federal. Ela nega que tivesse planos de substituir o ex-presidente.
Antes de se juntar à chapa do ex-mandatário, Paulo comandou a Confederação de Judô por 16 anos, entre 2001 e 2017. Em 2009, passou a ser presidente da Confederação Pan-Americana de Judô e vice-presidente da Federação Internacional de Judô, cargos que ocupou até 2015. Desde 2014, é membro do Conselho Executivo do Comitê Olímpico do Brasil.
- Sobre a decisão pessoal de Nuzman (de renunciar), era aguardado, mas uma incógnita. O sentimento da comunidade é de lamentar, pessoalmente, mas o da instituição é de alívio - afirmou o dirigente.