Técnico campeão do mundo com Brasil no futsal manda recado aos profissionais do esporte

Desde 2021, Marquinhos Xavier perdeu apenas dois jogos

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Caio Gonçalves
Rio de Janeiro (RJ)
Supervisionado porPedro Werneck
Dia 12/10/2024
08:10
Atualizado há 13 horas
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O esporte de alto rendimento exige preparação além do físico e técnico. Assim como em qualquer área da vida, a importância de cuidar da saúde mental é evidente. Técnico da Seleção Brasileira de Futsal, Marquinhos Xavier, ressaltou, em exclusiva ao Lance!, como isto foi importante para o título do Brasil na Copa do Mundo este ano.

— Para motivar e preparar alguém mentalmente, nós precisamos estar fortes mentalmente. Eu procurei apoio e ajuda profissional, que foram importantes para mim nesse Mundial. Eu estava muito fortalecido, porque ao longo desse ciclo eu fui muito criticado por diversas coisas. (...) Eu não tenho formação em psicologia e nenhuma área parecida, apenas me preparei para ajudar meus atletas. Então fica um recado também para outros profissionais do esporte: "Se preparem. Eu sei que a gente gasta muita energia, mas precisamos recarregar também" — afirmou Marquinhos.

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Marquinhos Xavier em quadra com a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de Futsal (Foto: Leto Ribas/CBF)

O Brasil sofreu com baixas importantes no elenco ao longo da competição. Nomes como Pito, Marcênio e Rafa Santos estiveram no departamento médico em determinado momento, mas se recuperaram e participaram da campanha que terminou no título mundial. Marquinhos Xavier contou como fez para manter o grupo unido em prol do objetivo, apesar das dificuldades no caminho.

— O princípio da confiança é que ela seja plena. Tiveram atletas com lesões no início da preparação, e eu banquei todos. Se o meu discurso no início era de que eu acreditava neles e estava junto deles, como que no primeiro problema eu troco um deles? A minha mensagem teria ido embora antes mesmo da competição começar. Então eu trabalhei uma frase com eles: "Você vê como é frágil?". Ninguém veio preparado para se machucar e ficar fora e por isso a noção de coletividade. Com o passar do tempo, virou um mantra entre eles: "Fica tranquilo que nós vamos te dar a chance de voltar a jogar". E graças a Deus, todos eles voltaram e isso tem muito valor. Ninguém deixou de jogar — disse.

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O trabalho coletivo da Seleção Brasileira teve grande destaque na Copa do Mundo de Futsal. Prova disso foi a distribuição dos prêmios da compeitção, onde o Brasil faturou quatro dos sete distribuídos. Marcel foi o artilheiro com 10 gols, Willian o melhor goleiro, além de Dyego e Marlon, que foram primeiro e segundo melhores jogadores do Mundial, respectivamente.

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