Tênis: torcedor do Flamengo, João Fonseca estreia no NextGen

Caçula do top-150, brasileiro de 18 anos é uma das sensações do circuito mundial

imagem cameraJoão Fonseca durante treino em Jeddah, na Arábia Saudita (Foto: Corinne Dubreuil/ATP Tour)
Dia 17/12/2024
14:37
Atualizado em 17/12/2024
19:29
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Um prodígio brasileiro atrai os holofotes do circuito mundial do tênis: João Fonseca, 145º do ranking. Aos 18 anos, esse carioca, nascido em Ipanema e torcedor do Flamengo, disputa o NextGen Finals, torneio que reúne os oito melhores sub-20 do planeta, em Jeddah, na Arábia Saudita. A estreia é nesta quarta-feira, às 14h (de Brasília), contra o principal favorito: o francês Arthur Fils, 20º do mundo.

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E não é de hoje que Fonseca, treinado desde os 11 anos pelo técnico mineiro Guilherme Teixeira, chama a atenção pelos resultados em quadra. Enquanto juvenil, o brasileiro acumulou conquistas como o US Open, a liderança do ranking mundial e a Copa Davis. Na mesma categoria, chegou às quartas de final do Aberto da Austrália, Roland Garros e Wimbledon, também em 2023, mostrando versatilidade.

A transição para o profissional, que é um desafio para muitos tenistas, foi de mais feitos para o filho da ex-jogadora de vôlei Roberta e do empresário Christiano. Em fevereiro deste ano, Fonseca ganhou, no Rio Open, torneio que ele frequenta desde a edição inaugural, em 2014, quando tinha apenas 7 anos, em sua primeira partida de nível ATP. O adversário foi justamente o francês Fils, seu primeiro desafio em Jeddah, e batido no Rio por 6/0 e 6/4. O tcheco Jakub Mensik, 48º, e o americano Learner Tien, 122º, vítima de Fonseca na final do US Open juvenil ano passado, também estão no Grupo Azul do NextGen Finals. Os quatro tenistas se enfrentam na fase inicial, e os dois primeiros colocados avançarão às semifinais.

João Fonseca em ação (Foto: Green Filmes/CBT)

Voltando à mais recente edição do Rio Open, após o incontestável triunfo sobre Fils no Jockey Club, Fonseca se tornou, aos 17 anos e seis meses, o mais jovem a chegar às quartas de final de um ATP 500, superando a marca que pertencia ao fenômeno espanhol Carlos Alcaraz. Além de ter cativado o público, com seu talento, simplicidade e carisma, a incrível campanha no torneio carioca rendeu a esse prodígio um salto de 312 posições no ranking: de 655º para 343º.

Em abril, em Madri, aos 17 anos, ao derrotar o americano Alex Michelsen, tornou-se o mais jovem brasileiro a vencer uma partida de Masters 1000, superando a marca de ninguém menos que Gustavo Kuerten, que, em 1997, alcançara esse feito aos 20.

Outro momento importante na trajetória de Fonseca, na temporada atual, foi a estreia na Copa Davis, em setembro, contra a Itália. E, diante do holandês Van de Zandschulp, o talento brasileiro conquistou a primeira vitória no torneio.

João Fonseca chama atenção de grandes tenistas

Além de patrocinadores e dos fãs, as proezas de Fonseca têm chamado a atenção também de muitos tenistas. Ex-líder do ranking e recordista de títulos (24) de Grand Slams, o sérvio Novak Djokovic, por exemplo, neste ano rasgou elogios ao brasileiro em entrevista ao site da ATP:

— Ele joga muito bem. Me lembra o meu jogo — afirmou.

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Com tantas credenciais, o fenômeno brasileiro, embora seja o tenista com mais baixo ranking nesta edição, chega bastante confiante à primeira participação no NextGen Finals, uma das metas para a temporada.

— É entrar sem pressão. Eu gosto de jogar assim. Consegui fazer bons treinos aqui em Jeddah e, agora, é aproveitar o momento e a oportunidade de estar aqui. Vai ser difícil, mas também vai ser divertido — disse o prodígio brasileiro.

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