‘O título será do Brasil’, diz Adriano de Souza sobre a etapa do Rio

Único brazuca com chances de assumir a liderança do ranking na competição em Saquarema, que começa nesta terça-feira, Mineirinho crê em recuperação do país<br>

imagem cameraAdriano de Souza é o quarto colocado do ranking após três etapas e pode assumir ponta (Foto: Divulgação/WSL)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 08/05/2017
19:54
Atualizado em 09/05/2017
05:00
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Nas seis últimas edições do Circuito Mundial de surfe (WCT), apenas dois títulos da etapa brasileira ficaram com os atletas da casa: Adriano de Souza ganhou em 2011, e Filipe Toledo levou a melhor em 2015. Segundo Mineirinho, a taça deste ano não sairá do país.

O surfista é uma das atrações da etapa de Saquarema (RJ), cidade que, a partir desta terça-feira, volta a receber a elite do surfe após 15 anos. Em 2016, na Barra da Tijuca, o campeão foi o havaiano John John Florence, atual líder do ranking da Liga Mundial de Surfe (WSL, em inglês).

– Tenho certeza de que um brasileiro será campeão da etapa neste ano. Não sei quem, sempre vou rezar muito para que seja eu, mas torço muito para que um de nós possa erguer a taça mais uma vez em casa – cravou Adriano, ao LANCE!.

Além de Mineirinho, outros nove brazucas estão no swell carioca: Gabriel Medina, Wiggolly Dantas, Jadson André, Jessé Mendes, Ian Gouveia, Caio Ibelli, Miguel Pupo e o vencedor da triagem Yago Dora.

Apesar da mudança do Rio para Saquarema receber elogios, devido à melhor qualidade das ondas, Mineiro acredita que o público será menor, se comparado ao da Barra. A promessa é de altas ondas já nos primeiros dias do campeonato.

– Eu acho que a torcida este ano vai ser bem menor do que foi na Barra, porque lá é um acesso muito fácil. Além disso, lá é muito mais fácil para o público ter um contato com os atletas – lembrou Adriano.

Em contrapartida, o clima calmo, segundo o campeão mundial de 2015, combina mais com a ‘tribo do surfe’.

– Acho que Saquarema a gente ganha em relação a onda, qualidade einfraestrutura da cidade menor, então você acaba se sentindo mais confortável. O Rio é muito grande. Você fica um pouco retraído com tudo grande em volta. Acho que a tribo do surfe está muito mais acostumada com o lifeslyte de Saquarema do que com a Barra da Tijuca – analisou.

Único brasileiro com chances de vestir a camiseta amarela (utilizada pelo líder do campeonato) na etapa carioca – caso seja campeão e conte com tropeços de John John (HAV), Jordy Smith (AFR) e Owen Wright (AUS) –, Adriano destaca o bom início, assim como no ano de seu título.

– Comecei bem na Austrália, como em 2015. Acho que tem tudo para ser um ótimo ano. Estou focado para isso. É claro que, a cada ano, o nível aumenta, mas o que eu quero mesmo é sempre mostrar o meu melhor.

O atual quarto colocado de ranking da WSL também comentou sobre o líder Florence, que parece determinado a buscar outro caneco.

– O John John está em um ritmo muito forte, vem de um título mundial e já começou bem o ano. Esta pegada está ajudando muito ele a sempre mostrar o seu melhor e estar bem focado. Ele tem uma equipe por trás, um grande investimento. Faz com que tudo isso na carreira possa prevalecer e, assim, sempre mostrar bons resultados – disse o paulista.

A etapa de Saquarema será disputada na praia de Itaúna, a 73km da capital fluminense, até o dia 20 de maio. O campeonato é a quarta parada do Circuito Mundial. Na perna australiana, apenas um brasileiro chegou à final. Caio Ibelli ficou com o vice em Bells Beach, ao perder a decisão para o sul-africano Jordy Smith.

A primeira chamada da Liga Mundial de Surfe para o Oi Rio Pro acontece às 7h.

A ETAPA DO RIO

Mudança de palco
O quarto evento da temporada do WCT deste ano será realizado na praia de Itaúna, em Saquarema. Após três anos de reclamações dos surfistas sobre a poluição da água e as más condições das ondas na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, a WSL escolheu a cidade da Região dos Lagos para receber a elite nesta edição.
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Festa em 2015
O último título de um brasileiro no Rio Pro foi em 2015, com Filipe Toledo. Ele levou a melhor na final contra o australiano Bede Durbidge.
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Frustração em 2016
Adriano de Souza e Gabriel Medina caíram nas semifinais do ano passado para John John Florence (HAV) e Jack Freestone (AUS), respectivamente.

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Deu Austrália
Na última vez que o Rio Pro foi disputado em Saquarema, em 2002, o título ficou com o australiano Taj Burrow que superou o compatriota Mick Fanning na decisão.

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Rumo à elite
Em 2014, Saquarema recebeu uma etapa do WQS, vencida pelo brasileiro Wiggolly Dantas. O vice-campeção foi o havaiano Keanu Asing.

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