Tudo pode voar: aviões de papel levam estudantes universitários brasileiros para a Áustria

Etapa nacional do Campeonato Mundial de aviões de papel foi disputada no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Estudantes universitários paranaenses vão à Europa

imagem cameraIsaac e Pedro, agachados, foram os campeões da competição (Foto: Felippe Rocha / LANCE!)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 18/04/2022
18:56
Atualizado em 18/04/2022
20:55
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Quando compôs "Samba do Avião", Tom Jobim descreveu os braços abertos do Cristo Redentor sobre a Baía de Guanabara. Isso lá em 1962. Pois 60 anos depois, as asas e a aerodinâmica é que foram vistas em aviões... de papel, à beira da mesma baía. No Museu do Amanhã, nesta segunda-feira, Isaac Queiroz Leite e Pedro Cruz Capriotti foram campeões da modalidade.

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A competição foi a final brasileira do Campeonato Mundial, que será mês que vem, na Áustria. A dupla de estudantes universitários mora no Paraná. Isaac, de 19 anos, fez seu modelo voar 40,3 metros enquanto Pedro, de mesma idade, viu sua aeronave ficar no ar por 7,61 segundos.

Entre os competidores, o mesmo espírito amistoso de crianças que descobrem a brincadeira. Seletivas estaduais classificaram os quatro finalistas de cada categoria. Não há premiação em dinheiro para os concorrentes, mas as experiências de viajar para outras regiões do país e, possivelmente, outro continente, foi o que motivou a disputa.

- Na verdade, a experiência e as amizades que fiz aqui são o que valem mais - valorizou Isaac.

O professor de física Tayan Sequeira (Foto: Felippe Rocha / LANCE!)

O ambiente no ponto turístico carioca era de Jogos Universitários. Banda, cheerleaders e torcidas organizadas de universidades federais do Rio de Janeiro estiveram presentes. Na disputa em si, no espaço interno do museu - sem interferência do vento, portanto - os concorrentes preparavam os próprios aviões com folhas A4 de papel reciclável. E para quem quer entrar na brincadeira, tem pouco segredo.

- É física complicada, mas com conteúdo simples. Só precisa de papel. Qualquer pessoa consegue fazer, experimentalmente - explicou Tayan Siqueira, professor de física.

Richard Amorim foi um dos finalistas (Foto: Felippe Rocha / LANCE!)

Os concorrentes precisavam entender da matemática para fazer o avião voar e eram estudantes universitários, só que de diferentes cursos - Isaac, por exemplo, cursa nutrição. Quase todos descobriram a mudança da diversão em competição por acaso, aleatoriamente.

E não há nada que defina o perfil dos campeões. O público geral, porém, é de quem tem cerca de 20 anos.

Também estiveram no local representantes da Minerva, equipe de aerodesign da Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ). Eles exibiam o modelo deles, este a combustão. A relação com o campeonato? Tudo pode voar.

- Costumamos brincar dizendo que se tacar com força suficiente, até uma porta voa - disse Arthur Cunha, um dos integrantes da equipe.

A equipe de aerodesign da UFRJ (Foto: Felippe Rocha / LANCE!)
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