Segunda maior competição esportiva do planeta, ficando atrás apenas dos Jogos Olímpicos, a Universíade reúne a cada dois anos milhares de atletas universitários. A cerimônia da 30ª edição acontecerá em grande estilo nesta quarta-feira, no estádio San Paolo, em Nápoles, na Itália, a partir das 16h (de Brasília), com transmissão ao vivo pela ESPN Brasil 2. Até 14 de julho, a cidade e outras localidades da região da Campânia receberão 5971 atletas de 127 países. No total são cerca de 10 mil pessoas envolvidas com o evento.
Com 116 atletas disputando sete das 18 modalidades, o Brasil buscará manter o desempenho conseguido na última edição quando, em Taipei (China), conseguiu 12 medalhas (dois ouros, quatro pratas e seis bronzes), ficando na 28ª posição no quadro geral.
- Esses Jogos são muito importantes na formação dos atletas do Brasil, tanto que 53% dos atletas que conquistaram medalhas nos Jogos Olímpicos do Rio-16 passaram pela Universíade. É uma competição formada por um grupo seleto: o de pessoas que conciliam esporte e educação - afirma Luciano Cabral, presidente da Confederação Brasileira do Desporto Universitário.
Mas, segundo Cabral, a missão não é nada fácil. São vários os motivos. Primeiro a delegação brasileira é menor do que em Taipei, quando tinha 183 atletas. Tanto que várias modalidades não terão representantes brasileiros.
- Além disso, essa Universíade historicamente é muito forte porque é a Universíade que antecede os Jogos Olímpicos (Tóquio-2020). Os países da Europa, Ásia e América do Norte utilizam a competição para treinar suas equipes olímpicas. O Brasil não utiliza a Universíade como plataforma, o que acaba desequilibrando bastante nossa participação.
Além disso, neste ano há a disputa do Pan-Americano de Lima no final de julho, impossibilitando a participação de vários atletas em Nápoles.
As principais apostas do Brasil estão nas modalidades que o país disputou em Taipei-17 e que vai disputar novamente agora.
- Nós acreditamos que a natação terá um resultado melhor este ano (uma prata e dois bronzes em Taipei). O atletismo não teve medalhas na edição passada e deve ter nessa - analisa Cabral
A aposta no atletismo é justificada. A delegação brasileira que está em Nápoles tem dois campeões mundiais. Paulo André de Oliveira e Rodrigo Nascimento conquistaram o histórico ouro no 4x100m no Mundial há dois meses.
- A Universíade é uma vitrine. É uma competição forte. Quero ir bem para, aos poucos, chegar no topo, e esse evento é uma porta de entrada para que isso aconteça - diz Paulo André.
Na natação, as atenções estão com Luiz Gustavo Borges, filho de Gustavo Borges e estudante da Universidade de Michigan (EUA). Outras boas apostas são Iago Moussalem, Giovanna Diamante e Jheniffer Alves, recordista sul-americana dos 50m peito (30s42) e dona do melhor tempo entre as competidoras da prova.
- Espero manter esse tempo e trazer uma medalha - diz Jheniffer.
Além desses dois esportes, o Brasil também tem esperanças de bons resultados no judô, taekwondo e futebol feminino.