A General Motors (GM), gigante norte-americana do setor automobilístico, e a TWG Global terão de desembolsar uma taxa bilionária para confirmar a entrada definitiva da Cadillac na Fórmula 1 a partir da temporada 2026. De acordo com o site da emissora britânica BBC Sport, o valor é estimado em US$ 450 milhões (R$ 2,6 bilhões, na cotação mais recente).
Trata-se de uma taxa de diluição que será dividida entre as dez equipes já existentes no grid. Ela funciona como uma compensação pela perda de prêmios em dinheiro resultante da renda da F1, que agora será dividida em 11 partes. A publicação explica que as equipes recebem cerca de 63% da renda da F1.
➡️ F1 confirma acordo com GM e transforma Cadillac em 11ª equipe a partir de 2026
O valor é bem maior do que a antidiluição de US$ 200 milhões (R$ 1,1 bilhão) que consta nas atuais regras da F1. A questão, no entanto, é que os atuais acordos entre equipes, F1 e Federação Internacional de Automobilismo (FIA) findam ao término de 2025 e estão em fase de renegociação para 2026. Por isso ao aumento do custo.
O preço exorbitante, na verdade, também funciona como medida de dissuasão — ou seja, fazer com que a equipe procure entrar na F1 por meio da compra de um time já existente, como a Audi fez com a Sauber, via financeiramente mais acessível. Sem esquadras à venda, não restou alternativa à GM a não ser aceitar a imposição da taxa para se unir à F1.
➡️ Colapinto faz revelação sobre batida no GP de Las Vegas: ‘Não podia falar’
A GM, por sua vez, passará a ser fabricante de motores na F1 só a partir de 2028, o que significa que a Cadillac será uma equipe cliente nas duas primeiras temporadas na classe. Ainda não há acordo estabelecido, mas há conversas com a Ferrari, que deixará de fornecer para a Sauber no instante quem que a Audi assumir toda a operação.
A Cadillac é uma sequência do projeto da Andretti, que teve a entrada na Fórmula 1 rejeitada em janeiro após avançar até a última fase do processo seletivo da FIA. O time teve a entrada negada pela Formula One Management. Mesmo com a negativa, seguiu trabalhando, anunciando uma subsede em Silverstone, na Inglaterra, junto de 60 vagas de emprego ao mesmo tempo em que acelerava a construção da nova sede, localizada em Fishers, Indiana.
Um dos novos recrutados pelo time foi Pat Symonds, ex-diretor-técnico da Fórmula 1, que será consultor executivo de engenharia. Ainda, Mario Andretti, campeão do mundo e pai de Michael Andretti, foi confirmado como diretor do novo time.
A situação, no entanto, começou a mudar quando Mario procurou o Departamento de Justiça americano para lançar uma investigação em cima da recusa do Liberty Media. O entendimento das outras dez equipes, que rejeitavam a ideia, era por conta da diluição do dinheiro de premiação. E era consenso de que, caso a Andretti quisesse entrar, deveria já comprar um time existente.
➡️ Siga o Lance! no WhatsApp e acompanhe em tempo real as principais notícias do esporte
Outro fator importante na reviravolta foi a chegada do investidor Dan Towriss como novo dono da Andretti, com Michael aceitando um papel menor interno. O nome da família permanecerá na equipe da Indy, mas não aparecerá na Fórmula 1, com o time se chamando Cadillac, que em janeiro de 2023, anunciou uma parceria com a Andretti justamente para fortalecer a candidatura para entrar no Mundial.