Sebastian Vettel foi responsável por um dos momentos mais emocionantes nas homenagens prestadas a Ayrton Senna durante a passagem da Fórmula 1 por Ímola, Itália. O alemão guiou o icônico MP4/8 que pertenceu ao tricampeão e levou os torcedores à loucura quando ergueu não apenas a bandeira do Brasil, como também a da Áustria, em respeito à memória de Roland Ratzenberger.
Senna e Ratzenberger morreram no trágico fim de semana do GP de San Marino — hoje GP da Emília-Romanha — de 1994. Na classificação, o austríaco que defendia a Simtek bateu violentamente na Villeneuve e não resistiu aos ferimentos.
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No domingo, a intenção de Ayrton, então na pole-position, era repetir o tradicional gesto com a bandeira ao final da prova, porém em homenagem a Ratzenberger. A bandeira austríaca foi descoberta no cockpit do carro depois do acidente fatal de Senna na Tamburello.
- Foi um dos momentos mais bonitos que tive ao volante, sinceramente. Estava sozinho na pista, não estava correndo, mas o carro é fantástico de pilotar. Amo o carro - frisou.
- Estava com as bandeiras e, quando as tirei, as pessoas foram ao delírio. Foi um ótimo momento, gritei os nomes deles dentro do capacete - revelou Vettel, que usou um capacete com os layouts que eram utilizados por Senna e Ratzenberger na F1, numa época em que as peças costumavam ter desenhos fixos.
- E levar a bandeira austríaca, que é o que o Ayrton queria fazer, pois ele estava com a bandeira austríaca no carro naquele domingo, foi muito, muito especial. É uma loucura ver quanta alegria e paixão o nome e o legado ainda trazem para as pessoas. Foi a coisa certa a fazer - completou Vettel.
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Na última quinta-feira (16), o tetracampeão liderou uma corrida e caminhada pelo circuito de Ímola que reuniu pilotos de Fórmula 1, Fórmula 2 e Fórmula 3, em sua maioria trajados com uma camiseta especial em memória aos 30 anos da perda de Senna. Vettel destacou que o sentimento que tem pelo brasileiro é de “um colega nosso que nunca tivemos a oportunidade de conhecer”.
- Estou muito feliz por aquele grande momento na quinta-feira, quando corremos na pista. Mas estar no carro hoje (domingo), tirar a bandeira, é incrível. Especialmente para aqueles que não acompanharam porque não eram nascidos ou não conhecem a história, acho que é uma história muito poderosa - seguiu.
- Ele era um talento incrível e um dos melhores pilotos que já vimos. Mas também foi um homem incrível que defendeu coisas importantes em seu país natal, tentando combater a pobreza. Ele era simplesmente compassivo e havia uma alma nele, por isso acho que, novamente, é muito importante lembrarmos disso - concluiu.
A Fórmula 1 volta de 24 a 26 de maio com o tradicional GP de Mônaco, oitava etapa da temporada 2024, nas ruas de Monte Carlo.