Vitória em São Paulo deixa Verstappen perto do tetra e o consolida entre maiores da F1

Neerlandês dança na chuva em São Paulo e coloca a mão no título

imagem cameraMax Verstappen no pódio do Grande Prêmio de São Paulo (Foto: NELSON ALMEIDA / AFP)
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João Pedro Rodrigues
Rio de Janeiro
Supervisionado porJorge Luiz Rodrigues
Dia 04/11/2024
07:30
Atualizado em 03/11/2024
23:05
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Max Verstappen marcou o Grande Prêmio de São Paulo com uma das maiores atuações individuais da história da Fórmula 1. O piloto da Red Bull largou na 17ª colocação e dançou na chuva em meio ao caos para vencer mais uma vez em Interlagos. Colocou uma das mãos na taça de campeão mundial, aquele que pode ser o quarto título dele. A vitória memorável consolida o neerlandês de 27 anos entre os melhores e maiores pilotos da história da F1.

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Mesmo com nomes do calibre de Lewis Hamilton e Fernando Alonso, Verstappen é o melhor piloto da categoria atualmente. Na corrida em Interlagos, colocou quase todos os adversários no bolso, com ultrapassagens incríveis sem DRS e com a pista em condições traiçoeiras. Além de talento para subir de 17º para 6º, contou com um pouco de sorte, ao conseguir sair de sexto para segundo, depois de uma bandeira vermelha causada por Franco Colapinto, da Williams.

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Na relargada, Max ultrapassou Ocon, e, um pouco mais atrás, Norris errou e caiu para a sétima colocação, o que foi um grande retrato da temporada. Mesmo com um carro inferior por boa parte da temporada, Verstappen conseguiu manter e aumentar a vantagem na liderança do campeonato mundial sobre Lando Norris, que não se mostra piloto com habilidades para ser campeão.

De cara para o vento até o final, Max Verstappen cruzou a linha de chegada em primeiro, a 19 segundos do segundo colocado e a 31 do seu rival direto do campeonato. Com três corridas para o final, o piloto da Red Bull tem 62 pontos de vantagem para Norris. Pode confirmar o título na próxima etapa, em Las Vegas (EUA), o que seria um feito histórico.

Max Verstappen celebra a vitória em Interlagos, após sair do carro (Foto: Nelson Almeida/AFP)

Caso o campeonato de equipes fique do jeito que está até o final, Verstappen será o terceiro piloto na história a conquistar o título de pilotos por uma escuderia que não é a campeã e nem a vice dos construtores, já que a Red Bull está em terceiro na tabela, atrás da McLaren e da Ferrari. As outras vezes em que isso ocorreu foram em 1982, com Keke Rosberg (Williams em 4º), e com Nelson Piquet, em 1983 (Brabham em 3º).

Desde o Grande Prêmio de Miami, Verstappen não tem o melhor carro do grid, quando a Red Bull foi superada pela McLaren. Mesmo assim, conseguiu arrancar vitórias em Ímola, Canadá e Espanha, sendo essa a última antes do Brasil. No meio da temporada, a escuderia austríaca viu as concorrências de Ferrari e Mercedes aumentar, com cada vez mais trabalho.

Mesmo com menos carro que as rivais, o talento de Verstappen e os erros de Norris e McLaren fizeram a diferença. Desde que a Red Bull foi superada pela equipe inglesa no desenvolvimento, o neerlandês conseguiu aumentar a vantagem para Lando, que mostrou que ainda não tem braço e cabeça para ser campeão mundial.

Christian Horner, chefe da Red Bull, e Max Verstappen celebram a vitória (Foto: Miguel Schincariol/AFP)

Muitos consideram Verstappen um piloto sujo, o que não é uma mentira completa, mas todos os grandes nomes da categoria já tiveram momentos controversos. Michael Schumacher, Ayrton Senna e Lewis Hamilton já jogaram duro e, de certa forma, fora do regulamento para conseguir algum tipo de resultado.

Ao final da temporada, com quatro títulos mundiais, (talvez) 62 vitórias na carreira, atuações memoráveis e um legado gigantesco na F1, o neerlandês irá se colocar entre os cinco melhores e maiores pilotos da história da categoria. Um dos mais cerebrais, um dos mais rápidos, um dos mais agressivos, um dos melhores em pista molhada e, com certeza, o melhor Verstappen.

Que a Fórmula 1 tenha por muito tempo o "Super Max"!

Verstappen celebra a vitória no pódio (Foto: Miguel Schincariol/AFP)

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