Lewis Hamilton: um campeão com voz ativa por causas nobres
Britânico virou um símbolo por títulos e pelo posicionamento
Lewis Hamilton é o maior piloto de todos os tempos. Logo em sua corrida de estreia na Fórmula 1, em 2007, Hamilton mostrou a que veio: ele quebrou diversos recordes e, desde então, movimenta os sites de apostas. Até o momento, o britânico acumula sete títulos e mais de 100 vitórias em sua carreira. Mas não são apenas esses feitos que refletem a grandeza de Lewis: o esforço que ele empenha para defender causas nobres o tornam um ser humano fora de série.
Seus feitos lhe renderam o apelido de “Billion Dollar Man”. Embora Lewis Hamilton não seja bilionário, ele é um dos esportistas mais ricos do mundo. Ao longo de sua carreira, o piloto acumulou um patrimônio de aproximadamente 285 milhões de dólares. A Forbes classificou o britânico como o piloto de Fórmula 1 mais bem pago no ano de 2021, com seus ganhos estimados em torno de 82 milhões de dólares.
O início do sonho de Lewis Hamilton
Lewis Hamilton nasceu na cidade inglesa de Stevenage, no dia 7 de janeiro de 1985. Filho de Carmen e Anthony, um homem que chegou em Londres vindo do Caribe nos anos 50. Quando Lewis tinha dois anos de idade, seus pais se separaram e ele passou a morar com a mãe e suas meia-irmãs mais velhas, Nicola e Samantha. Seu pai esteve sempre presente: eles passavam os finais de semana juntos e sempre assistiam as corridas de Fórmula 1. Aos 12 anos, Hamilton decidiu se mudar para Londres para morar com o pai e a madrasta.
A essa altura, Anthony já havia percebido o gosto do filho pelo automobilismo. No Natal, Lewis ganhou um kart de presente do pai e esse foi o ponto de partida de uma história de sucesso. O talento do garoto era inquestionável e Anthony chegou a ter três empregos para que o filho pudesse seguir seu sonho. Essa era a forma que ele encontrava para investir na carreira de Lewis.
Hamilton começou sua trajetória no kart aos 8 anos de idade. Ele era o único negro em um grid dominado por brancos. As coisas não foram fáceis para o piloto de origem humilde que lutava contra o racismo sistêmico todos os dias.
Nessa época, também tinha que lidar com o bullying que sofria na escola: foi quando ele começou a ter aulas de karatê para aprender a se defender. Nadando contra a correnteza, ele ganhou seis campeonatos diferentes entre 1995 e 2000. Na época, seu sucesso avassalador lhe rendeu o apoio da McLaren, uma gigante da F1.
Uma voz ativa a favor de causas importantes
Durante toda a sua carreira, Lewis e seu pai eram os únicos negros na pista. Isso sempre incomodou o piloto, que sempre ficou aborrecido com a indiferença das outras pessoas. Por isso, o heptacampeão criou a The Hamilton Commission, uma iniciativa que tem o objetivo de estimular o recrutamento e a progressão de pessoas negras no automobilismo do Reino Unido.
A luta do piloto para combater o racismo ganhou ainda mais visibilidade quando ele endossou o movimento Black Lives Matter, que teve início depois que o segurança norte-americano George Floyd foi morto por policiais em maio de 2020. O piloto levou o assunto para dentro da Fórmula 1 e teve o apoio da Mercedes que mudou para preto a cor do carro, do capacete e do macacão de Lewis. O britânico compareceu ao Grande Prêmio da Áustria com uma camiseta que carregava o nome do movimento e liderou um protesto com outros 20 pilotos do grid: juntos, eles pediam o fim do racismo.
Alguns veteranos do automobilismo, como Jackie Stewart, de 81 anos, e Mario Andretti, de 80, criticaram a postura do heptacampeão. Andretti afirmou que se posicionar contra a falta de diversidade é o mesmo que “criar um problema que não existe”.
Já Stewart alegou que não existe racismo na Fórmula 1. A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) também se posicionou contra a atitude do piloto, alegando que atos políticos não são admitidos no regulamento da competição. Apesar das críticas, Lewis Hamilton não recuou e, mais uma vez, usou suas redes sociais para reforçar o seu discurso.
O primeiro e único piloto negro a correr pela Fórmula 1 luta ativamente para combater a discriminação racial. Mas sua luta vai muito além do racismo: Lewis Hamilton se posiciona abertamente a favor da defesa dos animais e do meio-ambiente e contra a desigualdade social e a violência policial.
O britânico se tornou vegano e abriu uma rede de hamburgueria vegetariana. Em suas redes sociais, ele fez um alerta sobre a poluição que a indústria pecuária gera para o planeta e disse que não quer fazer parte disso. Ele também tem conversado com outros pilotos e responsáveis pelas corridas em um esforço para reduzir o impacto da Fórmula 1 sobre o meio-ambiente.
O ativismo de Lewis Hamilton é muito importante para amplificar causas nobres e piloto promete não parar!
Conteúdo publieditorial