A primeira vitória de Helio no Texas, em 2004. No total, teve quatro: 2004, 2006, 2009 e 2013 (Foto: Divulgação)
Olá amigos, tudo bem? Aos poucos, a situação do automobilismo aqui nos Estados Unidos começa a ficar mais clara. Depois que a NASCAR voltou a competir e já disputou cinco provas nas pistas de Charlotte, Darlington e Bristol, agora é a vez da IndyCar enfim abrir a temporada neste sábado, 6, no oval de Fort Worth, que fica pertinho de Dallas, o Texas Motor Speedway.
Essa é uma boa notícia porque o campeonato não havia sequer começado e mudanças profundas foram aplicadas no calendário, que prevê 14 corridas. Haverá também alterações nas programações das provas. A de sábado agora, por exemplo, além da ausência de público como medida de segurança sanitária, tudo acontecerá num dia só. Ou seja, treinos livres, Qualifying e corrida num dia apenas.
Isso significa menos contato e menos deslocamentos, tudo incluído no esforço de equilibrar retomada das atividades com adoção de medidas preventivas. A largada será às 21h45, no horário de Brasília, e a corrida será transmitida para o Brasil pelo DAZN, que é a primeira plataforma de streaming de esportes ao vivo do mundo.
E o legal é que participarei da transmissão. Fiquei muito feliz com o convite do André Duek e comentarei a prova juntamente com o piloto Matheus Leist. Será uma experiência bem divertida e terei a oportunidade, mesmo que de forma online, de matar um pouco a saudade do Texas Motor Speedway, onde venci por quatro vezes: 2004, 2006, 2009 e 2013. Aliás, o recorde de vitórias nesse oval de 1,5 milha até hoje é meu. Isso sem contar as vezes em que fiz pole e fui ao pódio com 2º e 3º lugar.
Enquanto tudo isso acontece, já nessa semana reiniciamos reuniões online com a equipe Acura Team Penske para a retomada do IMSA WeatherTech SportsCar Championship, daqui um mês em Daytona. Na verdade, nós da Penske estivemos em contato o tempo todo nesse período de quarentena (que na verdade teria de ter outro nome, pois já passou de 40 dias; seria sessentena ou setentena?). A diferença é que, a partir de agora, a gente está falando da parte técnica de maneira mais profunda, realmente numa linguagem de véspera de corrida. Isso, garanto a vocês, é muito bom para quem respira automobilismo 24 horas por dia, como é o meu caso.
Mas, por outro lado, não tem nada de bom no racismo. Vocês viram a absurda e triste onda de racismo que envolve os Estados Unidos atualmente, numa demonstração de incivilidade gigantesca. Existem pragas que assolam a humanidade e não estou falando do coronavírus. Falo de racismo, preconceito, violência, totalitarismo, xenofobia e outras coisas que jogam por terra todo o esforço para evoluirmos enquanto seres humanos.
Num momento em que o planeta todo está lutando contra um inimigo único, quando as nações e os povos deveriam dar as mãos para um combate efetivo para salvar milhões de vidas, a pequenez do ser humano torna tudo muito mais difícil.
Vocês sabem que sou um homem de fé e peço a Deus para que todos tenham evolução de consciência e sabedoria. Só assim poderemos crescer enquanto cidadãos e nações. É isso que eu penso. Espero que todos fiquem bem e até semana que vem.
