Surpresa x tradição: Holanda tenta desbancar os Estados Unidos na Copa
Norte-americanas querem o quarto título da Copa do Mundo, enquanto as holandesas brigam pelo topo já na segunda participação em Mundiais
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Um dos centros mais importantes do mundo quando o assunto é futebol feminino, a cidade de Lyon atrairá mais uma vez as atenções. Neste domingo, às 12h (de Brasília), o poderoso Estados Unidos encara a surpreendente Holanda na grande final da oitava edição da Copa do Mundo. Enquanto as norte-americanas defendem a hegemonia na modalidade e buscam o tetracampeonato, as holandesas querem coroar o trabalho promissor.
A Copa teve, até aqui, 144 gols marcados, uma média de 2.82 por partida. E se tem um quesito que a equipe estreante em decisões precisará entrar com total atenção é justamente o ataque adversário. Os Estados Unidos marcaram gols em todas as seis partidas do Mundial até aqui antes dos 13 minutos. Com intensidade, eficiência e marcação pesada, essa é uma das armas para o sucesso norte-americano.
Com um currículo de grande tradição no futebol feminino, as mulheres dos Estados Unidos nunca foram eliminadas antes de uma semifinal. O domínio se explica pela grande quantidade de jogadoras talentosas de uma mesma geração, como Alex Morgan e Megan Rapinoe. Além disso, o desenvolvimento constante e sustentável do país na modalidade fez com que o time pudesse se renovar. Essa é uma missão importante de um grupo de jogadoras que já começa a ver mais perto o fim da carreira.
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Do lado da Holanda, o objetivo é consolidar o investimento e a força mostrada nos últimos anos. Participando apenas da segunda Copa do Mundo na história, as holandesas chegam à final invictas e com apenas três gols sofridos, além dos 11 marcados. Sob o comando de Sarina Wiegman, as holandesas foram campeãs da Eurocopa em 2017 pela primeira vez e vão fazer a estreia nos Jogos Olímpicos em Tóquio-2020.
O investimento do país tem tido retorno. A vitória contra o Japão, por exemplo, teve mais audiência nacional do que a final da Liga das Nações de futebol masculino, quando a Holanda atuou contra Portugal. A jovem seleção holandesa era considerada como uma possível surpresa, mas tinha concorrentes qualificadas pela frente. Regida por Lieke Martens, jogadora do Barcelona eleita melhor do mundo pela Fifa em 2017, e Vivianne Miedema, a maior artilheira da seleção holandesa de todos os tempos com apenas 22 anos, a equipe tenta ameaçar as americanas soberanas.
Cobrança fora de campo
Favoritos, os Estados Unidos vivem momento positivo em campo enquanto tenta administrar as polêmicas fora dele. Megan Rapinoe, por exemplo, ocupou as manchetes pelos cinco gols marcados até o momento e a postura forte fora dos campos. Para entender, basta perceber que a norte-americana não canta o hino nacional. O protesto vai além. Ela já se manifestou publicamente em algumas oportunidades contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e voltou a afirmar que não iria à Casa Branca em caso de título nesta Copa.
Uma das vozes mais ativas no esporte, ela não se esconde na luta contra a homofobia, pelos direitos iguais, representatividade feminina e também pela ajuda aos dependentes químicos. E apesar das vitórias em campo, o futebol feminino norte-americano passa por fase turbulenta nos bastidores. As atletas abriram um processo pedindo igualdade entre homens e mulheres no país. Rapinoe apontou no início do Mundial diferenças entre valores de salários, premiações e estrutura de viagens.
FICHA TÉCNICA:
Estados Unidos x Holanda
Data/Hora: 07/07/2019, às 12h (de Brasília).
Local: Parc Olympique Lyonnais, Lyon (FRA)
Árbitra: Stéphanie Frappart (FRA)
Auxiliares: Manuela Nicolosi (FRA) e Michelle O’Neill (HOL)
VAR: Carlos Del Cerro (ESP)
Onde ver: TV Globo e Sportv
ESTADOS UNIDOS (Técnica: Jill Ellis)
Naeher, O'Hara, Dahlkemper, Sauerbrunn e Dunn; Lavelle, Ertz e Mewis; Heath, Morgan e Rapinoe.
HOLANDA (Técnica: Sarina Wiegman)
Sari van Veenendaal; van Lunterer; van der Gragt; Bloodworth, van Dongen; Spitse, van Groenen, van de Donk; van de Sanden, Martens e Miedema.
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