Pode se contestar a beleza do futebol apresentado pelo Palmeiras, é uma questão de gosto. É possível também relativizar os bons resultados com o alto valor gasto pelo clube para a montagem do seu elenco - tem a maior folha salarial entre as equipes da Série A. O que não dá para negar, ou contestar, é a impressionante eficiência do time de Luiz Felipe Scolari.
Líder do Campeonato Brasileiro, ainda invicto, dono do melhor ataque e da defesa menos vazadas, o Alviverde acumula outros números positivos na competição e na temporada. No ano, em 27 jogos, sofreu apenas oito gols. É a melhor marca disparada na elite do futebol nacional. Na frente, as 44 bolas na rede não colocam a equipe no topo do ranking, mas no Brasileirão, sim. E com alguns detalhes que chamam a atenção.
Numa época onde tanto se debate a importância da posse de bola, o Palmeiras tem a 4ª menor média do campeonato, segundo dados do Footstats, com apenas 46%. Goiás e CSA, com 43% cada, são os últimos. A eficácia quando tem a bola nos pés, no entanto, compensa o pouco tempo que a tem.
Os comandados de Felipão marcam um gol a cada quatro finalizações - 12 em 49 -, a melhor marca da Série A. O Atlético Mineiro, com seis tentativas para um tento, é quem mais se aproxima do líder. O Santos de Sampaoli, por exemplo, que tem a posse como uma de suas principais características, precisa de 11,5 arremates para marcar uma vez no Brasileiro.
Para sofrer um gol, os números são inversos. O Palmeiras precisa de 30 chutes contra a sua meta para ir buscar a bola em suas redes - o que aconteceu apenas uma vez no campeonato até agora. O Fluminense de Diniz, outro com uma proposta de domínio através da posse, é quem tem o pior desempenho na estatística, sendo vazado uma vez a cada 5,33 conclusões.
Números que mostram a eficiência de líder do Palmeiras. No ataque e na defesa.