A prancha de Jack Robinson, adversário de Gabriel Medina nas semifinais do surfe nas Olimpíadas, foi vetada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) durante os Jogos. O caso remete ao do brasileiro João Chianca, que teve o equipamento barrado antes da competição por expor a imagem de um Cristo. A alegação era de que o uso de imagens religiosas são proibidas no torneio. No caso do australiano, o motivo do veto foi uma imagem considerada ofensiva para asiáticos.
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Dias antes de competir, Jack Robinson postou no Instagram a imagem de sua prancha, com design de um sol nascente vermelho. Na legenda da publicação, que foi apagada, o australiano escreveu: "Dois dias para ação, prancha inspirada por inteligência artificial.".
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O design é uma homenagem a Andy Irons, um dos maiores surfistas havaianos da história, que surfava com a imagem de um sol nascente vermelho na prancha. Irons conquistou três campeonatos mundiais, mas morreu de forma inesperada em 2010, por parada cardíaca.
A imagem do sol nascente vermelho é considerada ofensiva em alguns locais da Ásia, onde é associada ao Japão do péríodo da Segunda Guerra Mundial.
A possível irregularidade da prancha de Robinson foi denunciada pelo técnico da equipe sul-coreana de surfe, Song Mim. A Coreia do Sul foi um dos países que foram atacados pelo Japão durante a guerra. Mim até reconhece a homenagem a Irons, mas decidiu reportar.
O Comitê Olímpico Australiano acatou a denúncia sul-coreana e pediu para Jack trocar a prancha. Agora, o australiano pintou o equipamento totalmente de vermelho, tirando as partes em branco.
Esta não foi a primeira vez que uma prancha foi vetada nessas Olimpíadas. O equipamento de João Chianca, o Chumbinho, também gerou polêmica. No caso, o veto foi por conta da imagem do Cristo Redentor. Considerada uma imagem religiosa, contrariaria o regulamento do COI.