Nas mãos de quem? Brasil e Espanha trazem gerações diferentes na meta em busca do ouro na Olímpiada

Aos 31 anos, Santos vê na campanha pela Seleção olímpica uma chance de se firmar sob o comando de Tite. Já Unai Simón, de 24 anos, tem vivência de Eurocopa e respaldo de sobra

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A missão de levar sua seleção à medalha de ouro unirá gerações diferentes na final dos Jogos Olímpicos de Tóquio, neste sábado, às 8h30 (de Brasília) entre Brasil e Espanha. Enquanto o "veterano" Santos chega em alta com André Jardine ao desempenho na partida contra o México, o jovem Unai Simón tenta honrar a experiência adquirida desde a Eurocopa e ratificar com um título em Yokohama a confiança depositada por Luis Enrique.

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Com a Seleção Brasileira tendo dificuldades para obter a liberação de seus principais jogadores para a disputa da Olimpíada, Santos surgiu como uma cartada ideal. Segundo André Jardine, a vivência do goleiro de 31 anos contribui para deixar a equipe mais centrada, como foi visto no decorrer da partida com o México.

- É um jogador extremamente simples, com cabeça incrível, humildade incrível. Um jogador que passa serenidade na sua postura, no seu jeito de atuar, de treinar. Para mim, um atleta de altíssimo nível - disse o comandante.

O jogador do Athletico-PR tem nos Jogos Olímpicos a chance de dar uma guinada na sua trajetória na Seleção. Um bom desempenho em Yokohama pode aumentar os holofotes em torno do seu momento e abrir caminho para que o camisa 1 da Seleção olímpica ficar ainda mais cotados de Tite para a Copa do Mundo de 2022. Seu momento, inclusive, guarda semelhanças com outro atleta que já está na Seleção principal.

- Quando o convocamos, lembramos muito da situação que o Weverton viveu na Olimpíada anterior. O Santos vem com todo esse apetite de buscar seu espaço e isso é uma motivação importante. Ele entendeu que, além de escrever sua história, quer passar o recado para a Seleção principal de que "olha, estou aqui" - afirmou Jardine.


Enquanto isto, Unai Simón lida com uma situação diferente na Espanha. Aos 24 anos, o jogador chega nos Jogos Olímpicos com um respaldo e tanto: o técnico da seleção principal, Luis Enrique, o "bancou" como titular na campanha da Eurocopa mesmo em meio a contestações.

E, na equipe olímpica, o técnico Luis de La Fuente não esconde a importância de contar com o goleiro.

- Somos privilegiados de contar com um goleiro como Unai Simón. Além de ser um grande goleiro, é uma grande pessoa. Ele nos dá total garantia e muita segurança - afirmou.

Em um clássico que promete ser equilibrado, a possibilidade de que a decisão da medalha de ouro vá para os pênaltis expõe uma qualidade em comum destas gerações diferentes. Santos defendeu na semifinal dos jogos Olímpicos uma cobrança do mexicano Aguirre. já Simón se desdobrou durante a campanha da Eurocopa, inclusive em decisões épicas de pênaltis.

Os dois técnicos não escondem que haverá um confronto de qualidade entre os goleiros.

- São dois goleiros de alto nível. Simón disputou uma Eurocopa, o Santos briga por seu espaço na Seleção para disputar a Copa do Mundo. É um empate técnico - aponta André Jardine.

De La Fuente endossa o coro sobre o confronto entre os responsáveis por conter o ímpeto ofensivo de Brasil e Espanha.

- Contar com um goleiro como Simón é começar a construir um edifício sólido e de futuro como é a nossa seleção. Santos, assim como todo o Brasil, é um goleiro de muita experiência, veterano. Conhece o futebol, tem as virtudes de segurança, tranquilidade que necessitam qualquer equipe - e frisou:

- São dois goleiros maravilhosos e muito boas equipes. Acredito que estamos muito equilibrados - completou. 

Resta saber nas mãos de qual goleiro ficará a medalha de ouro.

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