Willian Lima abrilhantou o domingo de Olimpíadas ao representar o Brasil no judô. O paulista perdeu para o japonês Hifumi Abe, um dos grandes da modalidade no planeta, na final da categoria até 66 kg. Antes, no entanto, venceu quatro lutas na jornada e superou o cazaque Gusman Kyrgyzbayev para chegar à decisão, garantindo a primeira medalha do país nos Jogos de Paris 2024.
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Apesar do bom desempenho, o brasileiro estava longe de ser um dos mais badalados antes de pisar no tatame europeu. Porém, sua qualidade chamou a atenção dos torcedores que acompanharam sua jornada; por isso, o Lance! conta um pouco da história do atleta.
Quem é WIllian Lima
O judoca de 24 anos nasceu em Mogi das Cruzes, São Paulo. Desde os seis anos, Willian luta judô, mas não planejava se profissionalizar no esporte, sempre preferindo a natação. Porém, o sonho mudou, e o então menino entrou para a equipe do Pinheiros em 2015.
Ao longo dos anos, se desenvolveu, e tornou-se uma grande promessa. Em 2019, venceu o Campeonato Mundial Júnior em Marrakesh, e começou a participar do Grand Slam da FIJ (Federação Internacional de Judô), sendo bronze em Brasília, no mesmo ano.
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Willian Lima venceu seu primeiro ouro a nível profissional no Mundial Militar de 2021, e no mesmo ano, brilhou no Campeonato Pan-Americano de Judô com o lugar mais alto do pódio. O feito se repetiria mais duas vezes, em 2022 (por equipe) e 2024, na preparação para os Jogos Olímpicos.
Fora de sua vida esportiva, o atleta é terceiro sargento da Marinha, integrante da Comissão de Desportos da Marinha (CDM) e do Centro de Educação Física Almirante Nunes (Cefan).
Trajetória de Willian Lima nas Olimpíadas de Paris
Willian é estreante em Jogos Olímpicos, e já brilhou mesmo sem experiência na esfera. Na estreia, a vítima foi o uzbeque Sardor Nurillaev: restando seis segundos, o brasileiro achou um waza-ari e gastou o restante do relógio para vencer. Logo depois, Serdar Rahimov, do Turcomenistão, foi o adversário. Em combate truncado, o paulista não pontuou, mas foi mais incisivo e acabou forçando três shidos (cartões amarelos) ao oponente, qualificando-se já no golden score.
Nas quartas de final, a parada era duríssima. Baskhuu Yondonperenlei, da Mongólia. Mais alto, mais forte, mais imponente no tatame. Nada disso foi páreo: também no golden score, um novo waza-ari entrou, praticamente erguendo o mongol e o levando ao solo. Contra Guzman, o mesmo sofrimento e a mesma história. Duas punições para cada, necessidade de ataque: mesmo com o cazaque fazendo golpes duros além da conta, Willian Lima achou o giro e garantiu a medalha para o Brasil.