Polêmicas e questionamentos marcaram as disputas do judô nas Olimpíadas de Paris. A brasileira Rafaela Silva, que foi desclassificada por punições na prova individual, revelou à imprensa, nesta quinta-feira (7), no retorno ao Rio de Janeiro, que os problemas com os juízes não começaram nos Jogos.
➡️ Fique por dentro das Olimpíadas! Siga o Lance! no WhatsApp e veja as notícias em tempo real
- É bem complicado, não só nos Jogos Olímpicos. Em algumas outras competições durante o ciclo, tiveram confusões durante lutas minhas. No Grand Slam de Paris, eu tomei um golpe que é proibido hoje. Se um atleta aplicar esse golpe, que é o "Seoi coreano", (o juiz) tem que parar a luta e a pessoa toma uma punição imediatamente. Mas eles validaram o ponto da atleta. No outro dia, eu cheguei ao ginásio para assistir à competição, e o pessoal responsável pela arbitragem chamou a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) para pedir desculpas e dizer que foi um erro grotesco. Eu fiquei bem chateada, porque aquilo (Grand Slam) quase custou a minha vaga olímpica - afirmou Rafaela.
A brasileira completou, em Paris, a sua terceira participação em Olimpíadas. Medalhista de ouro na Rio 2016, a judoca disse que, assim como no Grand Slam, houve discordância em relação à decisão dos árbitros durante a sua semifinal nos Jogos. Rafaela foi desclassificada após um movimento ilegal. Antes disso, a brasileira esteve perto de vencer o combate.
- Nos Jogos Olímpicos, novamente foram mostrar o lance da minha luta para alguns árbitros e eles falaram que tinham que ter aberto a contagem no meu Saikomi. São coisas que a gente não gosta de ouvir depois que passam, porque, querendo ou não, custou, pelo menos, uma medalha de prata. Acabou que, no fim do dia, eu terminei sem medalha - completou.
Apesar de não ter conquistado a medalha no individual, Rafaela Silva deixou a capital francesa com o bronze na disputa por equipes. O judô rendeu quatro medalhas para o Brasil apenas em Paris - é a modalidade que mais levou o país ao pódio na história das Olimpíadas