As brasileiras Martine Grael e Kahena Kunze mostraram boa evolução a cada dia de regatas na Baía de Enoshima nos Jogos de Tóquio. As campeãs olímpicas na Rio-2016 chegaram em segundo lugar em todas as três regatas deste sábado na classe 49erFX, subiram para o primeiro lugar na classificação geral e disputarão a regata da medalha na próxima segunda-feira, às 2h30 (de Brasília), na condição de líderes, em busca do bicampeonato.
Na terça-feira, elas haviam começado em grande estilo ao vencerem a terceira regata e ocuparem a terceira colocação geral. Mas na quarta-feira, caíram para a quinta posição, depois de chegarem em décimo lugar na primeira regata e em sétimo e sexto nas seguintes.
Já na sexta-feira, elas voltaram para a terceira posição ao chegarem em terceiro nas duas primeiras regatas e em quarto na última. Em busca do bicampeonato olímpico, elas terão como grandes rivais as holandesas Annemiek Bekkering e Annette Duetz.
As duas já têm o sangue do esporte na veia. Martine é filha do bicampeão olímpico Torben Grael, e já começou a velejar com quatro anos de idade pelo Rio Yacht Club. Kahena também é filha de um velejador campeão mundial, Claudio Künze. Elas, que pareciam destinadas a formarem uma dupla, se conheceram no início da adolescência, aos 13 anos, e começaram a participar de competições em barcos diferentes.
Depois de conseguirem o ouro em 2016, foram vice-campeãs mundiais em 2017, repetindo o feito de 2013 e 2015. Venceram o Campeonato Mundial de Classes Olímpicas em Aarhus, na Dinamarca, em 2018, e com isso se classificaram para Olimpíada de Tóquio-2020. Tudo isso mesmo com as duas afastadas da 49er FX por uma temporada para que Martine competisse na Volvo Ocean Race.
Já em 2019, elas venceram a etapa da Copa do Mundo disputada em Miami e, no mesmo ano, foram campeãs dos Jogos Pan-Americanos de Lima. No ano seguinte, a dupla foi vencedora do evento-teste que aconteceu em Tóquio, antes do início da pandemia.
Veja abaixo o quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de Tóquio: