O Índice de Progresso Social (IPS) é uma ferramenta desenvolvida para medir o bem-estar das populações a partir de resultados sociais e ambientais, em vez de indicadores econômicos tradicionais. Criado pelo professor Michael Porter, da Harvard Business School, o IPS tem como objetivo fornecer uma visão mais abrangente do progresso humano, considerando aspectos que vão além do crescimento econômico.
O IPS se concentra em três dimensões principais: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-Estar e Oportunidades. Cada uma dessas dimensões é composta por diversos indicadores que ajudam a avaliar o desempenho de um país ou região em termos de progresso social.
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Como o IPS é calculado?
Para calcular o IPS, são utilizados diversos indicadores nacionais e internacionais, abrangendo aspectos como saúde, educação, segurança, direitos individuais e inclusão social. No Brasil, a edição de 2024 do IPS utilizou 53 indicadores, com dados provenientes de fontes como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), DataSus e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Os indicadores são agrupados nas três dimensões principais do IPS, e cada uma delas recebe uma pontuação que varia de 0 a 100. A média dessas pontuações resulta no índice final, que permite comparar o progresso social entre diferentes regiões e países.
Quais são os critérios de avaliação do IPS?
O IPS avalia o progresso social com base em três grandes grupos de critérios:
- Necessidades Humanas Básicas: Inclui nutrição, cuidados médicos básicos, água e saneamento, além de segurança pessoal.
- Fundamentos do Bem-Estar: Abrange acesso ao conhecimento básico, acesso à informação e comunicação, saúde e bem-estar, e qualidade ambiental.
- Oportunidades: Foca em direitos pessoais, liberdade e escolha, tolerância e inclusão, e acesso à educação superior.
Entre esses grupos, o critério de Necessidades Humanas Básicas geralmente apresenta as melhores pontuações, enquanto Oportunidades tende a ser o mais desafiador, refletindo as dificuldades em áreas como direitos individuais e inclusão social.
Quais são as piores cidades do Brasil em 2024 segundo o IPS?
Em 2024, o IPS Brasil destacou as vinte cidades com os piores índices de progresso social. Entre elas, Uiramutã, em Roraima, lidera a lista com uma pontuação de 37,63. Outras cidades como Alto Alegre, Trairão e Bannach também figuram entre as piores, todas com índices abaixo de 40.
Essas cidades enfrentam desafios significativos em termos de infraestrutura, acesso a serviços básicos e oportunidades econômicas, refletindo as disparidades regionais existentes no país.
Impactos do IPS no progresso social do Brasil
O desempenho do Brasil no IPS é crucial para monitorar o cumprimento das metas do Acordo de Paris e da Agenda 2030 da ONU. Como um país com uma das maiores biodiversidades do mundo, o Brasil desempenha um papel vital no equilíbrio climático global. No entanto, questões como desmatamento e desigualdade social continuam a ser desafios significativos.
Apesar disso, o Brasil é reconhecido por seus avanços em áreas sociais, como o Sistema Único de Saúde (SUS) e programas de transferência de renda, que têm sido fundamentais para reduzir a vulnerabilidade social. O IPS, atualizado anualmente, oferece uma ferramenta valiosa para acompanhar o progresso e identificar áreas que necessitam de melhorias.