Em julho de 2013, o Papa Francisco escolheu o Brasil como seu primeiro destino internacional após assumir o pontificado. A cidade do Rio de Janeiro foi o local selecionado para receber o líder da Igreja Católica durante a 28ª Jornada Mundial da Juventude. Com 76 anos na época, o papa, de origem argentina, demonstrou bom humor ao lidar com a rivalidade futebolística entre Brasil e Argentina, brincando sobre a nacionalidade de Deus e do papa.
Em seu discurso, o Papa Francisco destacou a importância dos laços entre o Brasil e a Sé Apostólica, expressando seu desejo de abraçar a nação brasileira em toda a sua diversidade cultural e religiosa. A viagem foi marcada por momentos de proximidade com os fiéis, incluindo visitas a locais simbólicos e discursos direcionados aos jovens.
Logo ao chegar no país, Francisco contou o motivo para ter escolhido o Brasil, durante uma cerimônia de recepção no Palácio da Guanabara: “Deus quis que minha primeira viagem fosse ao Brasil”.
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O encontro do Papa Francisco com o Brasil
O Papa Francisco já possuía uma relação anterior com o Brasil, sendo devoto de Nossa Senhora Aparecida. Durante sua visita, ele realizou uma missa na cidade de Aparecida, no interior de São Paulo, reforçando sua conexão com o país. A presença do papa foi marcada por discursos que enfatizavam o papel dos jovens como um motor vital para a Igreja Católica.
Um dos momentos mais significativos da visita foi o discurso na Favela da Varginha, no Rio de Janeiro. O papa demonstrou empatia e solidariedade com os moradores locais, além de ouvir confissões de jovens de diferentes partes do mundo. A visita culminou com a Missa de Encerramento da Jornada Mundial da Juventude na Praia de Copacabana, reunindo milhões de pessoas.
Qual foi o impacto da visita do Papa Francisco ao Brasil?
A visita do Papa Francisco ao Brasil deixou uma impressão duradoura tanto no pontífice quanto nos brasileiros. Em pronunciamentos posteriores, ele expressou gratidão pela recepção calorosa e destacou o caráter generoso do povo brasileiro. A viagem foi descrita como um presente significativo, fortalecendo os laços entre o Vaticano e o Brasil.
Além disso, a visita teve um impacto político e religioso, com o papa abordando temas como desigualdade social e a importância da juventude na Igreja. A presença do papa em um país de maioria católica reforçou a relevância da Igreja Católica no cenário global e destacou a importância da América Latina para o Vaticano.
Canonizações e relações políticas
O Papa Francisco desempenhou um papel crucial na canonização de figuras importantes para o Brasil. Em 2019, ele canonizou Irmã Dulce, tornando-a a primeira santa nascida no Brasil. A cerimônia no Vaticano contou com a presença de representantes do governo brasileiro. Anteriormente, em 2014, o papa proclamou santo o jesuíta espanhol José de Anchieta, reconhecido por sua contribuição missionária no Brasil.
As relações entre o Papa Francisco e o Brasil também se estenderam ao campo político. Ele manteve diálogos com diferentes presidentes brasileiros, incluindo Dilma Rousseff, Michel Temer e Luiz Inácio Lula da Silva. Esses encontros abordaram questões como desigualdade, meio ambiente e democracia, reforçando a importância do diálogo entre o Vaticano e o governo brasileiro.
Jorge Mario Bergoglio: o Papa Francisco
Jorge Mario Bergoglio, conhecido mundialmente como Papa Francisco, nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1936. Filho de imigrantes italianos, ele seguiu uma carreira religiosa após se formar como técnico químico. Ingressou na Companhia de Jesus em 1958 e foi ordenado sacerdote em 1969. Ao longo de sua trajetória, destacou-se por seu estilo de vida simples e seu compromisso com a justiça social.
Em 2013, Bergoglio foi eleito Papa, adotando o nome Francisco. Como pontífice, ele se tornou o primeiro papa latino-americano e o primeiro jesuíta a ocupar o cargo. Sua escolha de nome reflete seu compromisso com os pobres e a proteção do meio ambiente, temas que foram centrais em seu papado.