O Palmeiras completa 109 anos neste sábado, 26 de agosto, e como prova do tamanho do Maior Campeão do Brasil, a torcida alviverde cresce cada vez mais em todo canto desse país.
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Tive a oportunidade de ver o jogo entre Deportivo Pereira x Palmeiras, pelas quartas da Libertadores, no Chiqueiro Capixaba, torcida palmeirense que foi fundada em 2016, para reunir os palmeirenses que vivem no Espírito Santo.
Há quase mil km do Allianz Parque, os alviverdes capixabas se reúnem para torcer pro Verdão todo jogo e sempre que podem, também organizam excursões para assistirem o Palmeiras em São Paulo.
- Viver o Palmeiras de tão longe, exige algumas renúncias. Não é só pegar o metrô, assistir o jogo e voltar para casa. É abrir mão da folga do fim de semana com a família. É perder datas importantes, para passar 30 horas na estrada. É passar a noite em cadeiras de aeroportos e rodoviárias. É chegar exausto e ir direto para o trabalho. Tudo isso para ver dois tempos de 45 minutos. A gente não faz turismo, a gente vive o Palmeiras. – disse Roger Louis, presidente do Chiqueiro Capixaba.
Se na capital paulista os maiores rivais do Verdão são Corinthians e São Paulo, em Vitória o ‘inimigo’ é outro, e a rivalidade recente com o Flamengo também está fazendo a torcida alviverde crescer muito por lá.
- A fase sem sombra de dúvidas é primordial para que os novos torcedores fixem seu apreço pelo time, aqui em Vitória a mídia em geral trabalha muito os times cariocas em especial o Flamengo, esse fator aliado à anos de resultados terríveis influenciava negativamente na propagação da nossa torcida, mas hoje a fase é maravilhosa, e a torcida do Palmeiras vem crescendo demais no estado. - disse Julio Quiquita, um dos organizadores do Chiqueiro alviverde no ES.
O Chiqueiro Capixaba foi consulado oficial do Palmeiras em Vitória por cinco anos, mas a parceria com o clube acabou por motivos políticos:
- Fomos Consulado por quase 5 anos, até o momento que eu pedi desligamento, pois entendi que se tratava de um cargo político, onde não era permitido expressar uma opinião contrária; e piorou com a mudança do diretor do Departamento. Consulado é apenas uma mão de via única. É algo bonito para o clube dizer que tem. Para gerir esse departamento, que envolve tantas culturas e realidades diferentes, não pode ser alguém que trate o Palmeiras como um clube regional, é preciso conhecer a realidade que existe fora de São Paulo. – afirmou Roger.
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O recorde de palmeirenses reunidos para ver um jogo no Espírito Santo foi no título brasileiro de 2016, diante da Chapecoense, quando mais de 1.000 torcedores fizeram a festa pelas ruas da cidade celebrando o eneacampeonato brasileiro do Verdão.
A torcida do Chiqueiro Capixaba se reúne em todos os jogos importantes do Palmeiras no bar Espetão 50, no bairro Colina de Laranjeiras, na Serra, Grande Vitória. Todo palmeirense é bem-vindo por lá e o endereço é Avenida Mestre Alvaro, nº 333.
O dono do bar inclusive é primo do zagueiro Luan Garcia, que saiu ainda pequeno do bairro do Fundão, no Espírito Santo, para mudar a vida da sua família ao se tornar jogador profissional no Vasco. Hoje, diversos familiares do zagueiro viraram palmeirenses e desfilam pela cidade ostentando a camisa alviverde com o número 13 nas costas.