Abel só volta em 2019, mas fala em trabalhar no futuro no Palmeiras

Técnico é um desejo da diretoria alviverde desde o ano passado, só que sua intenção é pensar em negociar com uma nova equipe no fim do ano para trabalhar após o Brasileiro

imagem cameraAbel Braga durante sua passagem pelo Fluminense (Foto: LUCAS MERÇON / FLUMINENSE F.C.)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 26/07/2018
18:07
Atualizado em 26/07/2018
18:24
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Abel Braga pela segunda vez seguida é alvo do Palmeiras, mas não assumirá o clube. O técnico repetiu que irá descansar neste segundo semestre e só volta a treinar uma equipe em 2019. Após mais um desencontro com o Verdão, ele deixou aberta a possibilidade de trabalhar na Academia de Futebol no futuro.

- Espero que o torcedor não fique assustado. Quando o Toninho Cecílio era diretor executivo (do Palmeiras) tiveram dois convites, mas eu estava com contrato com o clube da Arábia. As coisas não tem surgido no momento certo. Sei a grandeza do Palmeiras, sei a dificuldade de jogar contra o Palmeiras, ainda mais no seu estádio. Espero que entendam, e quem sabe mais para frente - explicou o treinador de 65 anos, ao Fox Sports.

Quando acertou com Roger Machado, o Verdão tinha Abel como "plano A", mas o treinador não quis sair do Fluminense. Em junho, ele pediu demissão do clube das Laranjeiras para passar mais tempo com a família. 

- É muito bom o time, o grupo do Palmeiras, mas não vou pegar nada. Um dos motivos que falei ao presidente (do Fluminense) que ia sair, e saí com coração doendo pelo apoio da torcida, os problemas financeiros, mas falei ao presidente que ia olhar para mim pela primeira vez na carreira. E aí eu olho para dentro da minha casa. Ainda mais pelo que aconteceu no ano passado, dar este tempo, viajar. Vai me fazer bem - acrescentou Abel, que perdeu um filho de 19 anos, em 2017.

Abel estava bem cotado no Palmeiras por ter perfil de quem sabe lidar com o vestiário. Embora ele admita que sabe compreender bem o ambiente entre os jogadores, diz que não haveria tempo para corrigir problemas de ambiente no Verdão, se eles existissem.

- Vi algumas entrevistas de jogadores do Palmeiras, muitos elogios (ao Roger), que era muito bom de treino. Não sei o motivo, não me cabe, mas não é vestiário. Eu não vou no vestiário dos atletas, não, mas eu sei que dentro do vestiário está bom, pelo ambiente de dia a dia no campo. Isto é fundamental, não tenha dúvida - explicou.

- Eu iria trabalhar agora? Não. Se o vestiário for ruim, não é em um dia que você vai endireitar, entendeu? Eu gosto do Roger para caramba, inclusive fez programas comigo. É inesperado, depois de uma derrota que nem merecia. Mas com jogo quarta e domingo, com três competições, você acha que vou ter tempo de montar um vestiário forte, uma filosofia única? É complicado, porque tu entra em jogo de 72 em 72 horas. Pode ver meu currículo, não tem trabalho em julho, agosto. Não tem - completou.

Sem Abel, Vanderlei Luxemburgo e Luiz Felipe Scolari são os principais nomes para assumir o Verdão. Dorival Júnior corre por fora.

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