O Palmeiras espera receber mais do que os 30% previstos em contrato na venda de Gabriel Jesus e pode quase dobrar sua parte após uma divergência com Fábio Caran, ex-agente do atacante. Para o Verdão, o empresário burlou uma cláusula do contrato assinado entre as partes e tenta assumir os 22,5% dos direitos econômicos que Caran tem do camisa 33.
Na renovação, o Palmeiras, antes com 80% dos direitos de Gabriel, ficou com apenas 30%, enquanto a CR Sports, do atual empresário Cristiano Simões, ficou com 47,5% (32,5% do agente e 15% do jogador), e Naima Ferreira, esposa de Fábio, foi registrada como a dona dos 22,5% restantes.
Por contrato, conforme revelado pelo Uol e confirmado pelo LANCE! nesta manhã, CR Sports ou Naima não poderiam negociar suas partes sem o consentimento do Palmeiras. Caso isto acontecesse, o clube poderia não repassar o valor correspondente àquela fatia dos direitos.
O percentual de Caran foi a princípio colocado em uma empresa individual, com Naima como única sócia e proprietária. Após a assinatura, porém, houve uma mudança para sociedade limitada, em que a esposa do ex-empresário ficou com apenas 1% da empresa, e o restante com outros dois sócios. Para o Verdão, esta é uma transferência que burla o contrato.
O clube chegou a cogitar comprar os direitos do empresário, mas não conseguiu sucesso. Caran foi notificado extrajudicialmente e por enquanto o imbróglio na Justiça segue. As partes devem tratar deste assunto ainda nesta semana, mas um processo mais longo apenas atrapalharia a venda de Gabriel Jesus, que tem o Manchester City como principal favorito.
O clube inglês vê o United como seu principal concorrente, só que por enquanto é aquele que mais agradou ao Verdão, tanto pelo valor quanto por ter negociado paralelamente com a diretoria e com o atacante. A proposta do City é de 32 milhões de euros (R$ 115 milhões) - o United ainda promete oferecer 35 milhões de euros (R$ 126 milhões).
Caso de fato feche com o City, a expectativa do Palmeiras é receber 62,5% deste valor, ou 20 milhões de euros (R$ 72 milhões). Se conseguir ficar com a fatia de Fábio Caran, o Alviverde precisaria que a CR Sports abrisse mão de mais 10% para atingir a quantia esperada. Neste caso, o atual empresário e jogador poderiam recuperar o valor em bonificações e luvas no contrato com Manchester City.