Alexandre Mattos, diretor de futebol do Palmeiras, passou pela zona mista do Allianz Parque para exaltar a torcida e fazer críticas à arbitragem da derrota por 1 a 0 para o Cerro Porteño (PAR), que valeu a classificação às quartas de final da Libertadores graças à vitória por 2 a 0 no jogo de ida.
- O juiz deu amarelo para o Felipe, não deu vermelho. Se não me engano não tem VAR. Ou só tem contra o Palmeiras. O cara há 50, 60 metros viu alguma coisa que ele não viu? Ele deu amarelo primeiro. O jogador deu um pisão idêntico no Thiago e ele nem olhou - ironizou o dirigente, lembrando que o recurso do árbitro de vídeo só será utilizado a partir das quartas.
- Agora entra o VAR, agora vira oficial, e tomara que seja para todos. Na Libertadores, historicamente, a gente vê dificuldades com arbitragem. Não sei se só para os brasileiros. Isso é histórico. Hoje foi confusa, vamos dizer assim. Se interpretou o lance para expulsão, então que expulsasse direto.
Mattos também diz não ter entendido a expulsão de Deyverson, já nos acréscimos. O atacante bateu boca com Marcos Cáceres, mas se desvencilhou e passou a fazer gestos para a torcida cantar mais alto. O argentino Germán Delfino expulsou os dois.
- Ninguém entendeu, o Deyverson estava comemorando com a torcida. Se isso é para expulsão, tem que expulsar todo mundo quando sai gol. Não deu para entender. E para o Felipe ele deu amarelo. Depois colocou a mãozinha aqui (no ouvido). Tem VAR? - repetiu.
O diretor de futebol disse que o Palmeiras jogou como se estivesse com atletas a mais em campo graças ao apoio dos 33 mil torcedores que foram à arena.
- Acho que esse jogo serviu para muita coisa, para aprendizado, para criar mais ainda uma unidade forte. Nesses momentos de dificuldade é que se cria isso. Apesar que o juiz expulsou, era para ficarmos com dez, mas ele teria que expulsar três para ficarmos com dez, porque nossa torcida hoje valeu por três. Estávamos com 14 em campo e ele expulsou um. Faço esse agradecimento ao torcedor e aos jogadores que se doaram ao máximo. Correram bastante por eles, pelo Felipe e depois pelo Deyverson. Isso mostra a unidade sendo montada e o Palmeiras cada vez mais forte.
O dirigente não quis dizer se dará alguma punição a Felipe Melo pelo cartão vermelho que complicou a partida.
- Isso é um problema interno que a gente não expõe. Se a gente for fazer alguma coisa a gente faz internamente.