O Palmeiras terminou o jogo no Pacaembu com apenas 40% de posse de bola, menos da metade do número de passes certos do Grêmio (262 x 558), mas não correu riscos na vitória por 2 a 0. A estratégia de Luiz Felipe Scolari amarrou o time de Renato Gaúcho, dono de um dos melhores ataques do Brasil, e que não conseguiu acertar uma bola na meta de Fernando Prass.
Mesmo nos momentos de maior perigo dos gaúchos - entre o fim do primeiro tempo e início do segundo - as jogadas eram na maioria pelo alto, e facilmente afastadas pela defesa alviverde, que teve grandes atuações, de novo, de Luan e Gustavo Gómez. Thiago Santos caçou o Luan tricolor por todo o campo e, após alguma dificuldade no início, conseguiu anular o talentoso atacante.
Com a bola, Bruno Henrique foi quem deu ritmo no meio-campo, mas o "cara" do jogo foi Dudu. O camisa 7 levou a melhor na maioria das jogadas individuais, cavou faltas, deu sua 15ª assistência no ano e novamente entendeu-se muito bem com Mayke pelo lado direito.
No ataque, Deyverson também se destacou. Seja no pivô, ou finalizando como nos dois gols, o camisa 16 deve muito a Felipão e vice-versa: ele é o artilheiro palmeirense sob o comando do técnico, com sete gols. E foi novamente decisivo, o "chato" centroavante, como definiu Scolari.
Uma vitória sem sustos contra um dos melhores times do Brasil, que fez o Palmeiras aumentar sua sequência invicta no Brasileiro: são 14 jogos (11 vitórias e três empates). Foi, também, uma resposta de força mental do time, já que o Flamengo havia vencido no sábado e o Internacional no mesmo horário passou pelo São Paulo.
A rodada não foi favorável, mas a vantagem de três pontos na liderança se manteve. E agora com dois rivais praticamente fora, já que São Paulo e Grêmio estão a sete e oito pontos, respectivamente, faltando nove jogos a disputar. A segurança do Palmeiras nesta sequência é impressionante.