O Palmeiras venceu a Ponte Preta por 1 a 0, no Allianz Parque, e conseguiu a classificação para a final do Campeonato Paulista, que será disputada em duas partidas contra o rival Corinthians, nos dias 5 e 8 de agosto. Uma partida em cada casa, sem torcida devido ao coronavírus.
No entanto, o magro placar não fez jus ao que foi a partida. Depois da pausa devido à pandemia, o Palmeiras não havia conseguido convencer a torcida de que o trabalho estava sendo feito da forma correta. Além do mais, sem Dudu, que foi vendido para o Al-Duhail, do Qatar, a impressão era de que o time estava perdido. Pela primeira vez, porém, a equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo conseguiu responder às críticas – e à altura.
Do outro lado, a Ponte Preta vinha de um quase rebaixamento, mas, embalada pela vitória contra o Santos por 3 a 1 nas quartas de final, colocou bastante dificuldade ao Alviverde, tanto que quase abriu o placar com Bruno Rodrigues nos primeiros minutos de jogo – por sorte, pela visão do torcedor palestrino, a bola foi dominada com o braço. A partida foi realmente eletrizante, principalmente no primeiro tempo, mas cabe lembrar que Luxa não fez sequer uma alteração em relação à formação inicial que entrou em campo contra o Santo André, nas quartas de final.
O que acontece é que o alviverde conseguiu, pela primeira vez desde o retorno, mostrar o dinamismo do meio de campo. Gabriel Menino estava inspirado – ele deu diversas assistências e quase estufou as redes - e deu chances para que Rony, que ainda não tem um gol com a camisa do Palmeiras, fizesse sua “estreia”. Além dele, Patrick de Paula também correspondeu, e Ramires, o mais experiente no meio das duas “crias da Academia”, foi bem. Tanto que, no final do primeiro tempo, foi de Patrick o único gol do embate, o tento que levou o Palmeiras à decisão.
Nesta partida, o Alviverde fez "apenas" 1 a 0, menos do que contra o Água Santa (2 x 1) e Santo André (2 x 0), mas a diferença não está na quantidade e, sim, na qualidade do que foi apresentado. Foram 23 finalizações, sete diretas no gol, com quatro grandes chances perdidas e duas bolas na trave (dados do SofaScore). O placar foi magro, mas poderia ter sido mais elástico (isso sem esquecer da dificuldade imposta pela Ponte, que também esteve em boa noite, enaltecendo ainda mais a vitória palmeirense).
Diferentemente das partidas das quartas e das semifinais, a decisão será dividida em dois jogos: um no dia 5 de agosto, na Arena Corinthians, e outro no dia 8, no Allianz Parque. Independentemente da partida deste domingo e do que foi apresentado, o técnico Vanderlei Luxemburgo classificou como dura a decisão contra o maior rival e que não se consegue “ganhar do Corinthians só porque quer”.
Para os jogos, Luxa terá, provavelmente, o retorno do lateral-esquerdo Matías Viña, que sofreu uma pancada na cabeça justamente contra o Corinthians, no clássico que marcou o retorno do futebol paulista, no dia 22 de julho. Naquela ocasião, o Alviverde perdeu de 1 a 0, com gol de Gil. Agora são dois jogos, mas “clássico é clássico” e não se deve dar chances ao azar. É ver se os erros foram corrigidos para que não só o recente revés seja devolvido, mas também o Paulistão de 2018 e, como bônus, frear uma equipe que conquista estaduais seguidos desde 2017.