ANÁLISE: Palmeiras e sua inesgotável capacidade de se reinventar reforçam favoritismo na Libertadores

Verdão precisou lidar com desfalques e com o peso de duas derrotas seguidas, mas mesmo assim atropelou o adversário

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Para quem pega o recorte apenas da goleada do Palmeiras sobre o Bolívar-BOL, sem saber do contexto em que a partida estava inserida, certamente pensa que o time de Abel Ferreira caminha nas nuvens, sem problemas, sem obstáculos, apenas vencendo e vencendo. Mas quem sabe da história completa, valoriza ainda mais a capacidade dessa equipe de reinventar a cada pedra que surge no caminho. O 4 a 0 dessa quinta-feira (29), no Allianz Parque, foi mais um exemplo do porquê esse clube tem sido tão vitorioso e favorito na Libertadores.

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O cenário para o duelo era de um Verdão que vinha de duas derrotas consecutivas no Brasileirão, que fizeram o time cair da segunda para a quarta posição e ficar a oito pontos do líder. Sem contar que foram duas partidas em que o Alviverde não balançou a rede do adversário. Ou seja, apesar da ótima fase, esses contratempos sempre acabam trazendo um peso. Quer dizer, nem sempre. Para o Palmeiras, que se sobressai pelo mental forte, o abalo parece mínimo e a rota não é modificada pelos resultados.

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Tudo bem que o Bolívar-BOL é um adversário que não está na primeira prateleira da América, mas o jogo valia a primeira posição no grupo e a melhor campanha geral na Libertadores. Um empate ou uma derrota poderia comprometer todo o restante da trajetória palmeirense na competição. Em resumo, era um confronto que valia muito mais do que a tradição do rival. Com duas derrotas nas costas, um tropeço que traria tantos prejuízos poderia ser perigoso. Mas o Palmeiras "matou no peito" e colocou o duelo no bolso para golear.

E não era somente a sequência ruim de resultados que poderia ter entrado em campo. Outro fator que poderia ter prejudicado o time era a ausência de Zé Rafael, um dos melhores jogadores do elenco na temporada, que sofreu uma lesão no joelho e não tem previsão para voltar. Perder um titular desse quilate, que não tem substituto no elenco, que dita a dinâmica do meio-campo e que já é fruto de um "improviso", poderia ter sido determinante para um placar adverso. No entanto, não foi.

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Gabriel Menino, que também não é um "camisa 5", teve a missão de ser o jogador mais defensivo do meio-campo do Palmeiras. E não é que ele jogou muito bem? Com o auxílio de Richard Ríos, o camisa 25 fez sua função na marcação, organizou o meio-campo nas jogadas de ataque e ainda foi um dos responsáveis por "ajeitar" o posicionamento do time durante partida, algo que foi muito elogiado por Abel Ferreira após o jogo.

Menino foi o exemplo do duelo de quinta (29) e Zé Rafael é o exemplo da temporada, mas podemos citar outras situações como a perda de Murilo e a sequência de lesões de Marcos Rocha. Na ausência desses dois titulares, Luan e Mayke, respectivamente, mantiveram (até talvez melhoraram) o alto nível de seus companheiros e atualmente podem ser considerados os donos de suas posições. Ou seja, quem está voltando da ausência precisará lutar para recuperar a vaga.

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Tudo isso mostra a capacidade do Palmeiras em se reinventar quando os obstáculos aparecem no caminho, seja quando os resultados ruins aparecem, seja quando os desfalques colocam em risco a boa fase do time. A goleada sobre o Bolívar é mais uma prova dessa virtude palmeirense, que potencializa o favoritismo da equipe de Abel Ferreira na disputa pela Libertadores.

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