ANÁLISE: Palmeiras mostrou em Bragança porque falta de elenco é seu maior adversário no futebol paulista
Sem suas principais peças, qualidade cai; Abel Ferreira sabe, e por isso ficar sem suas principais opções é fator que assusta o treinador em mata-mata do Paulistão
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O Palmeiras conseguiu um empate em 1 a 1 com o Bragantino, no domingo (20), fora de casa, e manteve a invencibilidade no Campeonato Paulista. Essa é a boa notícia para o torcedor. Mas convenhamos, o jogo empolgou? Atuando apenas com Gustavo Gómez dos titulares, mais uma vez a escalação reserva deixou a desejar. E talvez esteja aí o ponto fraco do time de Abel Ferreira e o motivo pelo qual ficar sem alguns de suas principais peças o faz mudar a expressão de confiança para a fúria nas coletivas.
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A falta de peças tão qualificadas quanto seus titulares joga contra o Verdão e talvez seja o único adversário que realmente lhe coloca medo no Paulistão. Pudera. Com Dudu, Rony, Danilo, Veiga e companhia em campo, a equipe bate recordes.
Além da melhor campanha em pontos (30), o clube encerrou a primeira fase como detentor de outros recordes: detém o maior número de vitórias (nove), a defesa menos vazada (três gols sofridos) e o melhor saldo de gols da competição (14). Aliás, o fato de ter consumado a melhor defesa da fase de grupos na edição de 2022 fez com que o Palmeiras atingisse este feito em cinco das últimas seis edições (desde 2017, apenas em 2021 o Verdão não encerrou a primeira fase como dono da melhor defesa considerando os 12 primeiros jogos da fase de grupos, na qual todas as equipes possuem o mesmo número de partidas).
Isso tudo são fatos. Objetivos e diretos. Mas o torcedor lembra também que as ´piores atuações palmeirenses no ano foram com os reservas em campo, como no empate em 1 a 1 com o São Bernardo, ainda antes da disputa do Mundial de Clubes.
E, falando em Mundial, esse escriba já destacara ao LANCE! que faltara banco qualificado contra o Chelsea. Enquanto Dudu, Rony, Danilo e Veiga estiveram em capo, o jogo foi páreo com os os ingleses. Com os reservas, a fórmula da retranca reapareceu. E a vitória dos europeus também.
Seria injusto da parte dos jornalistas apenas apontar o dedo contra jogadores individualmente. Dos reforços, Atuesta ainda não parece adaptado, não encontra uma posição dentro de campo, se ataca ou defende, e parece tímido diante dos companheiros. Rafael Navarro foi destaque botafoguense na Série B, mas o grau de exigência em sua nova casa ainda parece lhe assustar. Não fez gol até agora. Da base, Patrick de Paula foi vendido. Outros, como Gabriel Menino e Renan, caíram em desgraça com o português.
O Verdão inicia o mata-mata do estadual na quarta-feira (23) já ciente de que sua zaga estará estraçalhada. Luan não parece que voltará da contusão e Gustavo Gómez e Kuscevic estarão fora servindo suas seleções nacionais. Ou seja, a zaga reserva vem aí e levanta, toda santa coletiva, uma reclamação de Abel sobre o ocorrido.
Ele sabe o motivo. O torcedor sabe. Sobre Navarro, por exemplo, o treinador disse em Bragança que confia no jogador e que ele foi contratado como um projeto de futuro. É um dos dois nomes sonhados para ser centroavante. Ou seja, o reserva chegou. E o titular?
Assim como em fevereiro, cabe a nós, repórteres, fazermos o alerta. O Palmeiras tem pela frente mais uma vez um calendário exaustivo. Resta saber qual papel o clube deseja. Para o bicampeão consecutivo da Libertadores, gastar é preciso. É hora de se portar como protagonista. Já que, por enquanto, no Estadual, rival à altura parece não haver para o Alviverde.
TABELA
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