ANÁLISE: Palmeiras perde para o Bahia, para a Data Fifa, para o elenco curto e para o VAR inconclusivo

Verdão sofreu sem quatro de seus principais jogadores e sem a eficiência que costuma "salvar" o time dessas derrotas

imagem cameraPalmeiras pecou nas finalizações e teve uma série de fatores que levaram à derrota (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 22/06/2023
05:53
Atualizado em 22/06/2023
02:32
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O Palmeiras foi derrotado pelo Bahia, por 1 a 0, na quarta-feira (21), e perdeu sua invencibilidade no Brasileirão. É difícil elencar apenas um motivo para explicar o resultado palmeirense em Salvador, por isso é preciso entender as questões que levaram o time de Abel Ferreira a deixar escapar os três pontos que poderiam tê-lo levado à liderança. Podemos citar a qualidade do Bahia, a ausência de quatro titulares, o elenco curto e o VAR inconclusivo. A junção dessas peças ajudam a montar o quebra-cabeças de um revés dolorido, mas sem causar terra arrasada.

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Antes de falar dos outros motivos que levaram à derrota alviverde, é preciso considerar que houve um adversário que também lutou para vencer. O Bahia foi um rival duro, que competiu em todos os setores do campo para deixar o Verdão desconfortável, especialmente no meio, onde não havia cobertura para as descidas de Zé Rafael e Gabriel Menino, e onde não houve criatividade para trabalhar a bola. Não à toa o gol baiano saiu em um lance em que Cauly aliou técnica e "briga" para abrir caminho na intermediária, até que Danielzinho bateu, Lomba rebateu e Thaciano completou.

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Mas o trabalho do Bahia não explica 100% da derrota do Palmeiras. Os donos da casa souberam explorar as deficiências da equipe de Abel Ferreira, muitas delas causadas pela ausência de quatros dos principais titulares: Weverton, Piquerez, Raphael Veiga e Rony, que não puderam atuar, pois estavam com suas seleções na Data Fifa. Apesar de terem chegado ao Brasil na quarta-feira (21), não seria possível utilizá-los pela questão física. Dessa forma, o Verdão perdeu cerca de 40% do time, praticamente um atleta de cada setor.

Se uma ausência ou outra já faz diferença durante a temporada, imaginem quatro de uma vez e quatro desse quilate. Não há quem resista, nem mesmo o melhor e mais organizado time do país. É verdade que faltou eficiência nas chances criadas e isso poderia ter feito a diferença no resultado, mas também é preciso destacar que algumas das peças utilizadas não foram capazes de suprir a ausência dos titulares. Quando precisou recorrer ao banco para mudar o jogo, Abel não obteve a resposta esperada. Além disso, o ataque, apesar de criar chances, não foi eficiente para salvar os três pontos, como costuma fazer em situações assim.

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A opção pelo elenco curto, acordada entre diretoria e comissão técnica, acaba tendo seu preço nesses momentos. Fez falta, por exemplo, um jogador de meio-campo, aquele tão sonhado camisa 5. Zé Rafael é ótimo jogador e tem feito jogos memoráveis, mas quando perde a bola, não tem uma cobertura adequada, pois também não tem o cacoete para evitar essas situações. Contra o Bahia, faltou um jogador assim, deixando Zé mais como segundo volante, ajudando na criação. Isso sem contar a falta de um substituto adequado para Veiga e atletas mais decisivos (e mais prontos) do meio-campo para frente.

Por fim, é preciso fazer justiça: o Palmeiras deixou sua marca na Fonte Nova, mas o lance não foi validado. Em um chute sem perigo de Artur, Marcos Felipe se atrapalhou e deixou a bola correndo na direção do gol, mas conseguiu evitar antes que a bola ultrapasse a linha. Pelo menos foi essa a versão que o VAR e a arbitragem de campo venderam, mas a verdade é que as imagens mostradas na TV e utilizadas pelo árbitro de vídeo são inconclusivas, mas deixam a impressão de que a bola cruzou totalmente a linha. Com a qualidade do "tira-teima" que foi exibido, é simplesmente Impossível dizer se entrou ou não. Esse gol poderia ter feito toda a diferença e atenuado os outros problemas citados.

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Acontece que nem sempre tudo vai convergir com o trabalho competente que o Palmeiras tem feito nos últimos anos. Há fatores que não são possíveis de serem controlados, por isso é preciso fazer o melhor dentro daquilo que é controlável. Isso pode ser feito aproveitando o máximo de chances no ataque e minimizando os problemas defensivos, coisas que não foram feitas diante do Bahia. São lições que o time segue aprendendo e certamente vai levar para os próximos compromissos. A derrota foi dura, mas pontual, e não é motivo para desespero.

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