O Palmeiras foi eliminado pelo São Paulo nas quartas de final da Copa do Brasil ao ser derrotado, de virada, por 2 a 1, no Allianz Parque. Pior do que cair novamente para o rival na competição nacional, é o desempenho que o time demonstrou em campo, algo que tem sido rotina desde a volta da Data Fifa. Com um torneio a menos por disputar, fora da briga pelo título do Brasileirão e com o mata-mata da Libertadores logo ali, o Verdão precisa reencontrar seu caminho o mais rápido possível, antes que a temporada vire um simples "Feliz 2024".
+ Veja tabela e classificação do Brasileirão-2023 clicando aqui
Quando o Alviverde abriu o placar na quinta-feira (13), ainda no primeiro tempo, o Tricolor já era melhor no jogo e levava mais perigo, tanto é que minutos antes de Piquerez fazer seu gol "espírita", Weverton havia feito uma grande defesa evitando que Caio Paulista balançasse a rede. O gol do lateral uruguaio foi um "achado", pois apesar do volume no ataque e da posse de bola, o ataque palmeirense errava muito e levava pouco perigo.
No entanto, 1 a 0 era suficiente para garantir pelo menos a decisão por pênaltis e a metade do caminho para acionar o "modo time da virada". Mas acontece que esse modo parece não existir mais, ou está desativado. Logo no começo do segundo tempo, com a equipe tricolor já ajustada depois das orientações de Dorival Júnior, o Palmeiras se perdeu e viu o rival empatar a partida com Caio Paulista.
Dali em diante o time alviverde se perdeu completamente. O baque foi instantâneo, sem poder de reação, sem alternativas de jogo, sem variações e sem a arma da bola parada. Não parecia a equipe com mental mais forte do país, nem o técnico das soluções certeiras, até porque ele não é mágico para fazer aparecer jogador no banco de reservas. A verdade é que no 1 a 1 dava para perceber que a vaga já tinha ido para o brejo.
Sem o brilho de seus principais jogadores como Dudu, Raphael Veiga e Rony, sem a eficiência dos demais jogadores do time e sem opções para mudar o jogo, Abel Ferreira até tentou levar a campo promessas como Luis Guilherme, Jhon Jhon e até Flaco López, além dos já consagrados Gabriel Menino e Marcos Rocha, mas nada havia para ser feito. O jogo acabou na hora do empate. Mas para completar, o São Paulo ainda fez o segundo gol com David, decretando a vitória de virada e garantindo de vez a classificação.
Quem assistiu ao duelo dessa quinta-feira (13) e compara com o que o Palmeiras já fez neste ano (e faz há quase três temporadas), certamente tem perspectivas muito baixas do que o time ainda pode apresentar em 2023. Sem otimismo por reforços, sem o tradicional mental forte, sem confiança pela falta de vitórias e sem apresentar um futebol competitivo, fica muito difícil acreditar que o Verdão vai longe na Copa Libertadores. Embora enfrente o Atlético-MG, que também não está em boa fase, o adversário parecer ter mais de onde tirar por ter um elenco mais robusto.
Já o Brasileiro foi "perdido" justamente nessa fase pós-Data Fifa, na qual o time fez quatro jogos pelo campeonato, perdeu dois e empatou dois, ou seja, dos 12 pontos possíveis conquistou apenas dois. Para quem estava em segundo lugar a apenas dois pontos do líder Botafogo, podendo tomar a ponta em um confronto direto, agora está 12 pontos atrás e na quinta posição. Tamanho o impacto dessa má fase.
Assim, se for eliminado na Copa Libertadores, o risco é enorme de o segundo semestre ser um simples "Feliz 2024", cumprindo tabela no Brasileirão e pensando na próxima temporada. Com o investimento, estrutura, trabalho e elenco que tem, é inimaginável que o Palmeiras não consiga pelo menos uma vaga direta na fase de grupos da próxima Liberta e com certa facilidade. Mas se não voltar aos trilhos do caminho que foi perdido, com certeza 2024 não será feliz.