Antônio Carlos recebeu apoio de Roger e seus companheiros de Palmeiras após furar a bola no gol de empate do Boca Juniors (ARG). Ele já havia sido questionado pela participação na jogada do gol do Corinthians, na final do Paulista, quando foi driblado por Mateus Vital. Lucas Lima, que saiu de campo com um misto de aplausos e vaias, foi outro defendido pelo chefe.
- Ele (Antônio Carlos) não estava em alto nível, ele está. Temos de analisar os lances com olho clínico. No clássico, o Tonhão estava envolvido no lance (do gol), houve outro erro técnico e tático que o Tonhão tentou concertar e não conseguiu. Hoje foi uma tomada de decisão - explicou o treinador.
- Mesmo com o erro que gerou o gol do Boca, ele ainda foi um dos melhores em campo. Temos de olhar (os dois lances), mas sem maximizar, porque é fácil jogar fora o que ele construiu o ano todo. Ele segue em alto nível e os equívocos fazem parte. Futebol é um esporte de quem erra menos - acrescentou.
Para Felipe Melo, que deu entrevista junto de Roger, não é justo responsabilizar o camisa 25 pelo empate nos minutos finais. Apesar do resultado decepcionante, o time ainda lidera o Grupo 8 da Libertadores com sete pontos em três partidas - o Boca é o segundo, com cinco.
- É triste e injusto colocar a culpa em um só jogador em um esporte coletivo. Minutos antes ele salvou uma jogada fantástica. Contra o Santos ele fez o gol de cabeça, contra o São Paulo, idem. Ele é um garoto, tem um futuro brilhante, e quando erra um, erram todos. Vamos tirar a parte positiva do jogo - respondeu o camisa 30.
- Não é fácil vir de uma derrota em uma final de campeonato e jogar apenas contra o Boca Juniors, um time muito cascudo, muito bom. Se formos parar para pensar e perguntar para qualquer palmeirense, se firmaria acabar o primeiro turno na liderança com sete pontos? Acho que todos firmariam. O resultado é amargo, mas seguimos líderes na competição - completou.
Lucas Lima também é defendido
Com atuação apagada, Lucas Lima deu lugar a Moisés no time, e o público no Allianz Parque, pela primeira vez, ensaiou vaias desde que o camisa 20 chegou. Segundo Roger, o momento do meia não é ruim.
- Jogador passa por altos e baixos no jogo. Às vezes pega um marcador mais implacável, o rival tem uma estratégia que não deixa ele tirar o melhor do jogo. Estamos vindo de uma maratona de jogos a cada três dias e é desgastante, e por vezes o jogador não entra totalmente recuperado. É o contexto da partida e precisa às vezes mexer, mas não acho que o Lucas está em mau momento. Um jogo ou outro por vezes pode estar abaixo, mas não vejo ele muito abaixo do que vinha apresentando - pontuou.