A eliminação para o Grêmio na Copa Libertadores não deve gerar profundas mudanças no Palmeiras. Ainda que nem o presidente Maurício Galiotte nem o diretor de futebol Alexandre Mattos tenham falado após a derrota, a intenção no clube é dar continuidade ao trabalho de Luiz Felipe Scolari.
Em sua terceira passagem pelo clube, o técnico de 70 anos de idade tem aproveitamento alto: 69,7% (46 vitórias, 11 empates e oito derrotas). Campeão do Brasileiro em 2018 e a três pontos do líder nesta edição, o técnico acumula duas eliminações na Copa do Brasil, duas em Libertadores e uma no Paulista.
Ao longo de 2019, especialmente a torcida organizada fez protestos contra o comandante. Ao fim do jogo contra o Grêmio, mais protestos, estes contra o time, chamado de "sem vergonha". Questionado sobre o aumento da pressão, o técnico minimizou.
- A pressão sempre existe em qualquer lugar, é normal. Estamos trabalhando no Palmeiras para ganharmos campeonatos. O segundo tempo foi pior do que o primeiro. Alguns jogadores mais nervosos do que o normal. Não adianta ficar discutindo com o árbitro - afirmou.
- O Grêmio teve quatro chances vivas de gol, aproveitou duas oportunidades em erros que tínhamos consciência. E nós que criamos não aproveitamos. Temos que tirar essa lição de hoje, de equipe altamente copeiras como Grêmio, Boca Juniors e outras, para aprendermos a nos portar ano que vem nas outras competições. É uma questão que temos de evoluir no nosso grupo, e cada um querer - acrescentou.
Felipão tem contrato por mais um ano e meio, até o fim de 2020. A multa rescisória, para ambas as partes, é de um mês do salário do treinador, como tem sido praxe na história recente do Palmeiras.