Atento à disciplina, técnico do Verdão tirou ‘amarelados’ em 41% dos jogos

Desde os tempos do Coritiba, técnico tem a postura de evitar ao máximo expulsões. Time está entre os cinco mais disciplinados deste início de Campeonato Paulista 

imagem cameraMarcelo Oliveira cobra muito para que o time não perca atletas expulsos (Foto:Mauro Horita/AGIF)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 22/02/2016
21:05
Atualizado em 23/02/2016
08:00
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O palmeirense acostumou-se a ver a seguinte cena: um jogador que leva cartão amarelo ser substituído por Marcelo Oliveira, mesmo com boa atuação. Desde os tempos de Coritiba, o técnico tem grande preocupação com a disciplina de seu time e faz do Verdão o quinto time menos advertido no Paulista. O problema é que em 20 de seus 48 jogos no clube (41% das partidas) , ao menos um jogador com amarelo foi substituído por ele.

Em 2016 isto já aconteceu três vezes: contra o Nacional (URU), Allione entrou no lugar de Robinho, também amarelado e substituído contra o Oeste, enquanto Matheus Sales deu a vaga para Gabriel Jesus no sábado, contra o Santos.

– Não sei se foi pelo cartão (que Marcelo o tirou), mas é opção dele. Era um jogo perigoso, poderia fazer uma falta e ser expulso, é uma coisa que ele tirou. É normal, colocou o Gabriel (Jesus) porque precisava fazer o gol – disse Matheus Sales.

24 das 146 mudanças que Marcelo Oliveira fez no Palmeiras geraram a saída de um jogador com cartão 

Marcelo, de fato, toma um cuidado extra com cartões. Para o treinador, “um time bem postado não precisa fazer faltas para cartão nem entrar em conflitos”. Já nos tempos de Coritiba o técnico mostrava esta preocupação em evitar expulsões, uma característica que o acompanhou no Cruzeiro e agora no Palmeiras.

Os jogadores de defesa são os que mais costumam sair da equipe por conta dos cartões amarelos, mas até Dudu chegou a ser substituído no segundo tempo de um Dérbi e contra a Ponte Preta para evitar o vermelho.

Em todas as suas partidas pelo Verdão, Marcelo Oliveira mudou o máximo de vezes permitido – no torneio amistoso do Uruguai ele fez cinco trocas. Nas outras, foram três alterações por jogo

Ainda que este temor de sofrer com expulsões faça com que algumas das saídas de jogadores amarelados sejam discutíveis, o time de Marcelo recebe poucos vermelhos. Desde sua chegada, em junho de 2015, o time teve só cinco expulsos, sendo três por discussões, e não por conta de um segundo amarelo.

AS EXPULSÕES

Inter: Leandro Almeida levou dois amarelos em faltas evitáveis, segundo Marcelo. A expulsão aconteceu no primeiro minuto do segundo tempo.

Santos (I): Cristaldo entrou durante a derrota para o Santos na Vila e deu uma cotovelada em Gustavo Henrique. Churry disse que foi provocado.

Atlético-PR: O árbitro Dewson Freitas da Silva expulsou Jackson por uma cotovelada. Depois, o criticado árbitro tirou Robinho do jogo por ofensa.

Santos (II): No fim da primeira final da Copa do Brasil, Lucas se envolveu em uma confusão com Lucas Lima e foi expulso. Ele reclamou de agressão.

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