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Base de Felipão: veja os mais usados em 20 jogos do técnico no Palmeiras

Treinador utilizou 26 jogadores diferentes desde sua reestreia no clube, em 5 de agosto, e, apesar de alternar escalações entre uma competição e outra, tem uma escalação favorita

Felipão
imagem cameraCesar Greco
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 18/10/2018
19:19
Atualizado em 19/10/2018
08:00

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A terceira era Luiz Felipe Scolari no Palmeiras já tem 20 jogos desde sua reestreia pelo clube, no 0 a 0 diante do América-MG, em 5 de agosto (incluindo na conta o 1 a 1 diante do Bahia, pelo Brasileiro, no qual o auxiliar Paulo Turra comandou o time porque o técnico cumpriu suspensão). Nesta passagem, o treinador resolveu alternar times e usou 26 jogadores diferentes, mas, na análise dos nomes que mais usou, é possível apontar uma base favorita.

A escalação com jogadores que passaram mais minutos em campo sob o comando de Felipão tem: Weverton; Mayke, Luan, Gustavo Gómez e Victor Luis; Felipe Melo, Bruno Henrique e Moisés; Dudu, Willian e Borja. E ainda é possível destacar o volante Thiago Santos e o atacante Deyverson, que tiveram mais jogos do que seus concorrentes de posição (Felipe Melo e Borja, respectivamente), mas com menos minutos em campo.

Os números apontam que a base de Scolari é justamente a que ele utilizou enquanto esteve na Copa do Brasil, na qual caiu nas semifinais, para o Cruzeiro, e que segue escalando na Libertadores, em que desafiará o argentino Boca Juniors nas semifinais a partir de quarta-feira. A exceção é a zaga, com a dupla Luan e Gustavo Gómez, usada no Brasileiro, hoje liderado pelo Verdão.

Para o próximo compromisso da equipe, no domingo, diante do Ceará, pelo Campeonato Brasileiro, é certo que essa base preferida não será usada integralmente, já que Gustavo Gómez está suspenso por acúmulo de amarelos (Thiago Santos está na mesma situação). E outras mudanças também aparecerão no Pacaembu, pois, na quarta-feira, ocorrerá a primeira semifinal da Libertadores, contra o Boca Juniors, na Bombonera, em Buenos Aires.

A trajetória da equipe nas competições que tem disputado na temporada aponta também o sucesso dessa terceira era Felipão até o momento: em 20 jogos, foram 14 vitórias, quatro empates e só duas derrotas (para o Cruzeiro, na Copa do Brasil, e para o paraguaio Cerro Porteño, na Libertadores, ambas por 1 a 0, no Allianz Parque). O que aumenta o ânimo da torcida para o trabalho do técnico, que já conquistou a Libertadores de 1999, as Copas do Brasil de 1998 e 2012, a Copa Mercosul de 1998 e o Torneio Rio-São Paulo de 2000 pelo clube.

O LANCE! analisa abaixo caso a caso dessa base mais utilizada por Felipão:

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Weverton: 16 jogos, 1521 minutos
O goleiro já tinha virado titular com Roger Machado, logo depois da Copa do Mundo, e manteve a condição sob o comando de Felipão. Só não entra em campo quando é poupado, como ocorreu no domingo, diante do Grêmio. Tem bem mais chance do que seus concorrentes: Prass tem 291 minutos em três jogos com o técnico, enquanto Jailson acumula 145 minutos em duas partidas.

Mayke: 16 jogos, 1374 minutos
O lateral-direito trava duelo particular com Marcos Rocha desde a chegada de Scolari, mas aproveitou lesões do concorrente e se firmou no time. Enquanto o camisa 2 atuou 596 minutos em oito partidas com o substituto de Roger Machado, Mayke tem o dobro de jogos e mais do que duas vezes os minutos em campo do rival interno.

Luan: 11 jogos, 1001 minutos
Felipão já citou o caso do zagueiro como um dos jogadores de qualidade que vinham atuando pouco e mereciam mais chance. O camisa 13 vem sendo o capitão no Campeonato Brasileiro e, mesmo sem ter sido usado pelo técnico em nenhuma partida da Libertadores ou da Copa do Brasil, tem números que supera os titulares do setor nesses torneios: Antônio Carlos tem 956 minutos em dez jogos e Edu Dracena, 904 minutos em nove partidas.

Gustavo Gómez: 11 jogos, 991 minutos
O paraguaio, emprestado pelo Milan, foi o último a chegar, tanto que realizou seu primeiro treino no clube em 6 de agosto, dia seguinte à estreia de Felipão. Mas ganhou tanto espaço que já atuou somente dez minutos menos do que Luan, zagueiro mais usado pelo técnico, e, diferentemente de seu parceiro no setor no Brasileiro, já jogou na Libertadores, entrando no fim da vitória por 2 a 0 sobre o Colo-Colo, no Chile, pelas quartas de final da competição.

Victor Luis: 12 jogos, 1058 minutos
O lateral-esquerdo vem travando uma disputa com Diogo Barbosa desde o começo do ano e manteve essa condição mesmo depois da saída de Roger Machado, mas vem ganhando mais espaço com Felipão. O camisa 6 vindo do Cruzeiro tem um jogo (11) e 138 minutos (920) a menos do que Victor Luis.

Felipe Melo: 12 jogos, 1072 minutos
O camisa 30 vem sofrendo com suspensões, que já fizeram o diretor de futebol Alexandre Mattos reclamar seguidamente da arbitragem, e não atua pela Libertadores desde que foi expulso com três minutos de jogo, na derrota por 1 a 0 para o Cerro Porteño, nas oitavas de final, quando virou exemplo do que não se pode fazer. Mas é o cabeça de área mais utilizado por Scolari.

Bruno Henrique: 18 jogos, 1219 minutos
Capitão do Palmeiras nas competições de mata-mata e jogador mais utilizado por Felipão. O treinador não o escalou somente duas vezes: nas vitórias por 1 a 0 sobre o Corinthians, no Allianz Parque, em 9 de setembro, e Sport, no último dia 23, no Recife, sendo ambas pelo Brasileiro e somente para ser poupado. Bruno Henrique é o homem de confiança que dita o ritmo da equipe.

Moisés: 17 jogos, 1322 minutos
O camisa 10 é o segundo mais escalado por Felipão, e conta como trunfo o fato de atuar tanto como armador, função na qual foi utilizado com mais frequência na Copa do Brasil e na Libertadores, quanto como volante, como já atuou no Brasileiro. Só não entrou em três rodadas do Brasileiro com o técnico: 1 a 0 sobre o Sport e 1 a 1 diante do Bahia, ambos fora de casa, nos quais ficou no banco, e no 2 a 1 contra a Chapecoense, também como visitante.

Dudu: 16 jogos, 1329 minutos
O camisa 7 cresceu de rendimento com a chegada de Felipão e, não à toa, é o atacante mais utilizado pelo treinador. Só uma vez Dudu foi relacionado e nem saiu do banco, exatamente na estreia do chefe, no 0 a 0 diante do América-MG. Depois disso, não ficou nem na reserva em três rodadas do Brasileiro: contra Vasco, no Allianz Parque, e Inter e Chapecoense, ambos fora de casa.

Willian: 16 jogos, 1079 minutos
O atacante entrou em tantos jogos quanto Dudu, mas tem menos minutos em campo porque o camisa 7 teve mais chances como titular do que ele no Brasileiro - ambos atuam juntos desde o início na Libertadores e também repetiam a dupla na Copa do Brasil. Mas os dois gols de Willian com Scolari foram no Brasileiro, e de grande importância: selou a vitória por 2 a 0 sobre o Atlético-PR, no Allianz Parque, e garantiu o 1 a 0 diante do Sport, no Recife.

Borja: 12 jogos, 910 minutos
O colombiano não tem sido titular no Brasileiro, recebendo mais oportunidades na Copa do Brasil e na Libertadores, e já virou desfalque recentemente por estar com a seleção colombiana. Mas, quando joga, é titular, e tem como trunfo a artilharia da Libertadores: nove gols, igualado a Morelo, do já eliminado Santa Fé, da Colômbia.

Deyverson: 15 jogos, 909 minutos
O centroavante é um dos destaques da atual era Felipão, mesmo com um minuto a menos em campo em relação a Borja, seu concorrente direto. O camisa 16 atuou três partidas a mais em relação ao colombiano e é o artilheiro desta passagem do técnico, com sete gols em 15 partidas.

Thiago Santos: 15 jogos, 1041 minutos
O volante, que tem se revezado frequentemente com Felipe Melo no time, também merece citação. É sempre exaltado pelo técnico por sua capacidade de marcação e está atrás do camisa 30 por detalhes: atuou três partidas a mais, mas 31 minutos a menos.

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