Boa reputação, criativo e discreto: por que o Verdão trouxe Anderson Barros
Quarto nome procurado pelo clube para a vaga de Alexandre Mattos, o novo diretor de futebol tem qualidades que o Palmeiras entende funcionar bem no novo modelo de gestão
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O Palmeiras procurou três diretores antes de acertar com Anderson Barros, mas o trabalho do então homem forte do Botafogo esteve sempre bem cotado na cúpula alviverde. Anunciado na quarta-feira, o novo executivo tem o perfil que o clube considera casar com a nova ideia de gestão de futebol.
Ao demitir Alexandre Mattos, o Verdão decidiu que o substituto não teria tanto poder quanto o diretor dos últimos cinco anos. Por isso, haverá o comitê gestor com os vices Paulo Roberto Buosi, Alexandre Zanotta, José Eduardo Caliari e o diretor financeiro Davi Gueldini, que acompanhará o trabalho na Academia.
Anderson Barros chega com um currículo de 25 anos trabalhando no futebol, sendo que iniciou como diretor em 2004, no Flamengo, e desde então conquistou seis títulos estaduais (2004 pelo Flamengo, 2006 e 2008 pelo Figueirense, 2010 e 2018 pelo Botafogo e 2016 pelo Vitória).
Agradaram o Palmeiras: as boas referências entre presidentes de outros clubes e executivos, os elogios ao seu caráter e honestidade, a forma de agir com discrição e a criatividade para buscar jogadores no mercado. "É uma pessoa que não reclama de trabalhar", diz uma fonte no clube.
Os trabalhos de Anderson costumaram ser sem grandes orçamentos, mas ainda assim fez parte da gestão no Botafogo que contratou atletas como Loco Abreu, Lodeiro, Maicossuel, Rafael Marques e Elkeson. Teve boa relação com Seedorf e foi elogiado na época pelo meio-campista holandês por ajudar a resolver problemas internos.
No Figueirense, foi vice-campeão da Copa do Brasil em 2007, participou do acesso do Vitória da Série B para a Série A, em 2015, e esteve no Vasco que se classificou à Libertadores, em 2017. No Cruz-Maltino, teve de gerir crises como a saída do zagueiro Rodrigo, e era quem liderava a busca por reforços.
Há dois anos, decidiu trocar o clube pelo rival Botafogo, por onde já tinha passado de 2009 a 2012. Ainda que tenha conquistado o título carioca de 2018, vinha sendo bastante criticado pela torcida por eliminações na Copa do Brasil e Copa Sul-Americana, além de contratações questionadas.
O trabalho no vestiário para controlar os jogadores apesar dos seguidos atrasos salariais, contudo, fez com que o Botafogo decidisse mantê-lo para 2020. O próprio Anderson Barros não recebia há três meses quando pediu demissão para acertar com o Palmeiras.
No Verdão, ele foi o quarto nome procurado para substituir Mattos. O primeiro foi Thiago Scuro, mas não passou de uma sondagem, pois ele desde o início mostrou que ficaria no Red Bull. Depois, ao analisar o mercado, Diego Cerri, do Bahia, e Rodrigo Caetano, do Internacional, foram os dois que receberam ofertas, sendo que o primeiro era o favorito.
Ambos preferiram dar continuidade aos seus trabalhos, e então o Palmeiras focou em Anderson, que chegou a ser avaliado junto de Cerri e Caetano. Ele trabalhará com o gerente de futebol Cícero Souza e assinou contrato por duas temporadas, até o fim da gestão do presidente Maurício Galiotte.
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