Borja busca desempenho que nunca teve no Palmeiras para bater metas

Atacante bateu o pé para realizar o sonho de atuar no Junior Barranquilla e, agora, precisa render mais do que em qualquer temporada no Verdão para continuar no clube do coração

imagem cameraAtacante precisará participar de 73% dos jogos ou fazer 23 gols em 2020 para seguir no Junior (Reprodução/Twitter)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 29/12/2019
01:12
Atualizado em 29/12/2019
07:00
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Sem corresponder no Palmeiras, Miguel Borja perdeu espaço, mas recusou propostas de China, México e Estados Unidos ao longo do ano e, apesar de ter se animado com uma oferta do Olimpia, do Paraguai, bateu o pé para realizar o sonho de atuar no Junior Barranquilla. A sequência no time do coração, porém, depende diretamente de um desempenho que ele nunca teve no Verdão.

O Palmeiras aceitou emprestar Borja de graça, até dezembro de 2020, mas com condições bem definidas. Cabe ao Junior Barranquilla bancar integralmente os salários do centroavante e terá a obrigação de comprar 50% dos seus direitos econômicos por US$ 4,3 milhões (R$ 17,5 milhões na conversão atual) se ele participar de 73% dos jogos da equipe no ano ou fizer 23 gols. Números que o jogador não teve em nenhuma das três temporadas pelo Verdão.

A maior frequência que Borja teve no Palmeiras ocorreu em seu primeiro ano, em 2017, quando participou de 43 partidas, que representaram 70,49% dos jogos oficiais do time desde sua estreia (não estava contratado nos cinco primeiros compromissos do clube). E a temporada em que mais balançou as redes foi em 2018, com 20 gols (confira a lista abaixo).

Em 2019, o Junior Barranquilla teve 66 partidas oficiais: foi eliminado nas quartas de final da Copa Colômbia e como lanterna do seu grupo na Libertadores, ficando fora até da Sul-Americana, mas chegou às finais do Colombiano tanto no primeiro quanto no segundo semestre. Borja estaria em 73% dos compromissos de seu novo time se atuasse em 49 jogos.

No ano que vem, o Junior Barranquilla terá, no máximo, 79 partidas oficiais (considerando que chegue às finais da Copa Colômbia e do Colombiano nos dois semestres, ganhe a Libertadores e decida o Mundial) e, nesse panorama, Borja precisaria atuar 58 vezes. Já a pior temporada possível do clube teria 48 jogos oficiais, com o centroavante precisando participar de 36 deles.

Em qualquer possibilidade, contudo, mais do que a frequência em campo, a eficiência pode garantir a sequência de Borja em seu clube do coração caso faça 23 gols. Essa é a expectativa não só do Junior Barranquilla, mas do jogador, que aposta em melhor desempenho em uma equipe que confie nele (a cidade fez intensa festa com sua contratação).

Mesmo que o atacante não atinja as metas, o Palmeiras se sente protegido. Ficou acordado também que há liberação imediata em caso de ofertas, com prioridade para o Junior Barranquilla de cobrir a oferta, e renovação do contrato ao longo de 2020 se o Verdão quiser. Além disso, dentro de sua ideia de aliviar a folha salarial, o clube calcula que deve economizar cerca de R$ 8 milhões somente com a liberação de Borja em 2020.

O centroavante é a contratação mais cara da história do Palmeiras: em 2017, o clube adquiriu 70% dos direitos econômicos de Borja por US$ 10,5 milhões (R$ 32,5 milhões). Como não o negociou até o meio deste ano, o Verdão teria de comprar os 30% restantes do Atlético Nacional por US$ 3 milhões (R$ 12 milhões). O pagamento ainda não foi feito, e o Nacional ameaça ir à Fifa.

FREQUÊNCIA E GOLS DE BORJA EM CADA ANO NO PALMEIRAS

2017
Jogos oficiais do clube: 61 (desde sua estreia)
Jogos de Borja: 43 (70,49%)
Atingiria 73% se jogasse 45 vezes
Gols de Borja: 10

2018
Jogos oficiais do clube: 74
Jogos de Borja: 44 (59,45%)
Atingiria 73% se jogasse 55 vezes
Gols de Borja: 20

2019
Jogos oficiais: 68
Jogos de Borja: 25 (36,7%)
Atingiria 73% se jogasse 50 vezes
Gols de Borja: 6

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