O vice-presidente do Palmeiras, Paulo Buosi, foi o representante do clube no sorteio dos grupos da Libertadores 2025, realizado na noite desta segunda-feira (17), na sede da Conmebol, em Luque, no Paraguai. O dirigente não perdeu a oportunidade de conversar, de forma amistosa, com os dirigentes do Cerro Porteño sobre o episódio de racismo ocorrido recentemente no torneio Sub-20.
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Brasileiros e paraguaios caíram no mesmo grupo desta edição do torneio continental profissional e, após o sorteio, o vice palmeirense se dirigiu até Gustavo Samaniego e Miguel Carrizosa, do Cerro, para pedir "ações práticas" sobre o crime contra Luighi, do Palmeiras, que teve repercussão mundial.
– Não tem resolvido. Não tem resolvido, correto? Têm que ter ações práticas. Não tenho nada contra o Cerro. Nós somos contra o racismo. Só que tem acontecido muito com o Cerro Porteño – disse Paulo Buosi durante rápida conversa.
A Conmebol aplicou uma multa ao Cerro Porteño no valor de 50 mil dólares (cerca de R$ 288 mil, na cotação atual) a serem pagos no prazo de 30 dias a partir da notificação. Além disso, os jogos do time paraguaio não poderão ter a presença de torcida durante as partidas da Libertadores Sub-20.
O Palmeiras, por sua vez, pede uma punição mais severa. Além da multa máxima, no valor de 400 mil dólares, por reincidência do clube, também entende que a exclusão do Cerro da competição deva ser considerada.
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Em entrevista à 'TV Globo', Paulo Buosi também comentou que "a impunidade é o combustível de novas manifestações racistas".
- Enquanto não tiver alguma coisa séria, pesada, infelizmente não vai mudar. Pode fazer comissão, pode fazer o que for. Enquanto não tiver uma posição, a impunidade vai continuar, é o que tem acontecido. O que aconteceu todos os anos tem se repetido. Isso tem que acabar, precisa dar um basta com isso.
Além de Palmeiras e Cerro Porteño, estão no Grupo G Sporting Cristal, do Peru, e Bolívar, da Bolívia. A fase de grupos está marcada para acontecer entre os dias 2 de abril e 28 de maio.
O caso de racismo
Durante a partida no Paraguai, um torcedor adversário, segurando uma criança no colo, imitou um macaco em direção ao atacante do Palmeiras, que deixava o gramado rumo ao banco de reservas. Além do gesto racista, o jogador também foi alvo de uma cusparada. Luighi alertou a arbitragem e, aos prantos, precisou ser amparado pelos colegas no banco de reservas.